Problemas no Hospital Ana Moreira foram constatados na última quarta-feira, por dois vereadores Foto Divulgação
Conceição de Macabu – “A situação da saúde pública em Conceição de Macabu é preocupante; está um caos”, afirma o vereador Felipe Felix, com foco no Hospital Ana Moreira, onde ele esteve quarta-feira (12), acompanhado do também vereador Rafael da Silva Chagas (Rafinha da Saúde), para apurar denúncias de “descasos com a unidade”.
“Constatamos falta alimentos para pacientes e funcionários; as geladeiras estão vazias, também não há medicamentos”, apontam os vereadores que expõem a situação em vídeo gravado no dia da inspeção e cobram “saúde decente”.
O secretário de Saúde, Pedro Folly, alega que o hospital apresenta dificuldades de estrutura física há décadas, o que gera por mais de 20 anos a descontinuidade de serviços importantes, tais como: cirurgias eletivas e partos.
O Ana Moreira é o único hospital do município. No vídeo, os vereadores mostram geladeiras vazias e freezers desligados; não há verduras, legumes, frutas nem nenhuma espécie de carne. Segundo apuraram, a falta de remédios é constante e a escassez de médicos gera demora no atendimento a pacientes.
Há também problemas estruturais, como vazamentos de água e de esgoto, higienização dificultada e aparelhos de ar refrigerado sem funcionar. “A situação é bastante preocupante. “Estamos assustados; vamos continuar inspecionando e iremos tomar as devidas providências”, afirma Rafinha da Saúde.
Pedro Folly ressalta que o governo municipal tem dispensado atenção especial à saúde pública: “O governo Valmir Lessa trabalha de forma incessante na melhoria da estrutura. Já estão executadas 70% de obras de construção do Novo Hospital de Urgência e Emergência que estará nos padrões definidos por legislação sanitária”.
PROVIDÊNCIAS - Quanto ao desabastecimento de alimentação, o secretário diz que foi momentâneo: “Mas não houve em qualquer dia a interrupção da alimentação de pacientes e funcionários. O almoxarifado já segue abastecido com cereais, carnes, legumes e demais itens para atendimento”.
Segundo Folly, fluxos vagarosos de processos administrativos contribuíram no atraso da entrega das mercadorias; “porém, o governo já tomou as medidas cabíveis para mais celeridade aos processos de compras e contratação”. Sobre médicos, o secretário explica que são três plantonistas por dia que atuam na unidade.
“A realidade é bem diferente de anos anteriores, quando havia um ou dois profissionais por plantão. Todos os três médicos estão aptos para atendimento de todos os tipos de públicos”, pontua o secretário concluindo: “Sobre medicamentos, qualquer falta pontual é atendida de acordo com as contratações em vigência, para compra emergencial”.
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