Juninho Thybau grava disco com Rildo Hora - Divulgação
Juninho Thybau grava disco com Rildo HoraDivulgação
Por RICARDO SCHOTT

Rio - Rildo Hora está animado com seu novo pupilo, Juninho Thybau. "Faz muito tempo que eu não tenho nas mãos um talento igual a esse menino. Ele tem um futuro enorme pela frente", anima-se.

Juninho, que está tendo seu próximo EP produzido pelo mesmo cara que cuidou de discos de Beth Carvalho, Martinho da Vila e de seu tio, Zeca Pagodinho, é só alegria. "É uma honra você ter o carinho dos seus mestres. E ele tem a mão para o sucesso!".

O novo EP de Juninho, que sai ainda em janeiro, tem quatro sambas inéditos: 'Ser Feliz Ou Ter Razão' (Juninho Thybau e Kiki Marcellos), 'Um Dia Da Semana' (Juninho Thybau, Raul di Caprio e Kiki Marcellos), 'Se Quer Me Fazer Chorar' (Paulo Henrique Mocidade, Alex Primo e Fernando Procopio) e 'Melhor Pensar' (Jr Dom, Alexandre Chacrinha e Flavinho Bento). Juninho, que chegou a Rildo por intermédio de seu empresário, conta que teve sua vida marcada por vários discos de seu produtor.

"Ele sempre me chamou a atenção pelo uso das cordas, pela gaita, que ele chama de realejo. Vim descobrir há pouco tempo que ele produziu Orlando Silva, que eu adoro, Luiz Gonzaga. Fico muito feliz com o carinho dele diante do trabalho", conta Juninho, cujo "Thybau" é uma homenagem a seu avô Thybau, patriarca da casa em que Zeca Pagodinho foi criado. "Tinha muita seresta na minha casa. Meu pai (Beto Gago, parceiro de Zeca) fazia festa de Santo Antônio".

RILDO NO ESTÚDIO

Rildo diz que Juninho, como todo jovem cantor, está aprendendo no estúdio, e ainda vai aprender mais.

"Eu falo que ele ganhou uma Mercedes, mas tem que aprender a dirigir. Tem tudo para ser um cara importantíssimo do samba", brinca. "Nos shows você aprende muita coisa. Aprende a cantar mais os pensamentos do que as palavras, a ver o que está por trás das palavras. Quando o cara só canta as palavras, ele conta uma história, mas tá contando frouxo".

Conhecido pelo uso de orquestras em discos de samba, Rildo está usando no EP de Juninho uma mescla de batucada "nobre, acústica", incluindo percussão, cavaquinho, violão e banjo, lado a lado com piano, sopros e teclados eletrônicos.

"Mas o teclado aparece junto com instrumentos acústicos, para não ficar aquela coisa pasteurizada", conta, explicando um pouco da mágica que faz no estúdio. "Você pode usar a trompa do teclado, e colocar junto um som de flauta tocando na região média, que é a região da trompa. Ou o violino do teclado junto com uma gaita, uma flauta".

EM CASA

A roda 'Na Porta de Casa', comandada por Juninho na casa em que ele foi criado no Irajá - e em que Zeca Pagodinho também morou - retorna dia 20. Desta vez, os convidados são Marquinhos Diniz, Enzo Belmonte e Kiki Marcellos. "O bairro estava precisando disso. O morador do subúrbio perdeu o hábito de botar as cadeiras na porta para conversar. E muita gente que já morou no Irajá está voltando ao bairro no dia do nosso evento, para reencontrar os amigos de infância", alegra-se Juninho Thybau.

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