Rincon Sapiência - Andreh Santos/Divulgação
Rincon SapiênciaAndreh Santos/Divulgação
Por Gabriel Sobreira

Rio - Elza Soares, Diogo Nogueira e Rincon Sapiência são os destaques do SambaRap Festival, que acontece neste sábado, a partir das 22h, na Fundição Progresso, na Lapa. "O Festival abre espaço para a reflexão sobre a importância da arte na transformação do indivíduo, destacando a tradição e a inovação produzidas pelas culturas periféricas, que, apesar das suas diferenças, (samba e rap) dividem as mesmas raízes", diz Carlos Mattos, idealizador do festival.

Também conhecido pelo apelido de Manicongo, o rapper paulista Rincon Sapiência afirma que não teve o samba muito presente em sua carreira. Pelo menos, não de forma explícita. "Mas ele faz parte da minha  formação. Cresci na Praça do Morcegão (no bairro Artur Alvim, na cidade de São Paulo), onde tinha uma rapaziada que fazia samba", lembra Rincon, que conta que essa convivência com o ritmo e os instrumentos foi importante no seu desenvolvimento musical.

"Tive minha adolescência nos anos 90. E, em São Paulo, o que é hoje o funk na periferia era o samba. Tinha muito samba nas quebradas, muitos grupos. Então, fazer um trabalho com o samba, com Diogo Nogueira e Elza Soares, eu posso afirmar que vou estar em casa, vou estar bem à vontade, num terreno que conheço bastante. Com certeza, vai ser muito divertido", diz.

Para Diogo Nogueira, o samba tem muita coisa que se assemelha ao rap e vice-versa. "São gêneros que falam do cotidiano das pessoas e tocam na alma do brasileiro. Sem contar que será uma honra dividir o palco com nossa idolatrada Elza Soares e conhecer de perto Rincon Sapiência", entrega o cantor.

Pela segunda vez no evento, Elza Soares só tem boas recordações da última experiência. "Eu adorei. Os meninos são ótimos. Uma produção daquelas. Conheci o Carlos (Mattos), do Sambarap (idealizador do festival), um guerreiro que faz aquilo tudo acontecer. Ano passado, eu fiz (o show) ‘A Voz e A Máquina’. Este ano, levo o show que lancei há pouco tempo, o ‘Deus é Mulher’, e quero parar aquela Fundição. Eu e meus meninos paulistanos maravilhosos. Quero gritos. Muitos gritos, muita festa, muita cantoria. Quero samba, quero rap, quero rock, quero tudo", empolga-se Elza. 

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