Livro de Anitta chega às livrarias no dia 30 de março - Reprodução
Livro de Anitta chega às livrarias no dia 30 de marçoReprodução
Por RICARDO SCHOTT

Rio - "A frase mais conhecida da história da Anitta é: 'Vocês acharam que eu não ia rebolar minha bunda hoje?'", recorda Leo Dias, colunista do DIA e autor da biografia não autorizada 'Furacão Anitta', com lançamento previsto para 30 de março, dia do aniversário de 26 anos da cantora, pela Agir/Ediouro. Seguindo o clima da frase cunhada pela funkeira, o livro abre mão do rosto da artista na capa. Que traz justamente o traseiro da cantora. Uma foto que provocou discussões intermináveis entre os membros da equipe que cuidou do livro, e a turma da editora.

"Eu não fiz o livro sozinho. Tive ajuda de duas colaboradoras, a Laís Gomes e a Monique Arruda, e também do Henrique Freitas (editor do 'Meia Hora', da EJESA, que edita O DIA). Discutimos a capa no grupo, e as mulheres da Ediouro foram contra a imagem, acharam a foto machista. Mas bati o pé", conta o autor. "Questionei todo mundo. É uma biografia não-autorizada. A foto remete a algo escondido, que vai ser revelado, nem que seja a própria Anitta virando de frente. A Anitta é conhecida pela frase do 'rebolar minha bunda'. Ela nunca vai poder reclamar dessa foto".

Leo diz ter tomado conhecimento de que Anitta viu a capa. "Me disseram que num primeiro momento ela ficou muito surpresa: 'Por que não o rosto e sim a minha bunda?'", diz, rindo. "Mas ela gosta do diferente, acabou curtindo. Mostrei a foto para várias pessoas e todas ficaram surpresas. É uma capa inesperada para uma biografia tão esperada".

Na escola

Leo Dias garante: quem ler 'Furacão Anitta' se verá diante de uma história de sucesso. "Nada na vida dela foi por acaso. Foi tudo armado. Até a descoberta dela na internet foi armação dela mesma junto com a Furacão 2000. Ela é muito senhora de si. A história dela não teve sorte. Teve muito trabalho, muito estudo, muita fé. Anitta é resultado do bom ensino público brasileiro, que ainda existe em algumas escolas do Brasil", conta Leo, que faz questão que o lançamento de 'Furacão Anitta' ocorra justamente no Colégio Itália, em Honório Gurgel, onde a cantora estudou.

O autor também afirma que o livro irá mexer com várias relações dentro da música brasileira, por detalhar os relacionamentos profissionais de Anitta com nomes como Claudia Leitte, Ivete Sangalo, Preta Gil, Simaria. O período em que o Rock in Rio esnobou Anitta, na edição de 2017, também surge no livro. "Anitta enfrentou grandes empresários da música: Roberto Medina (Rock in Rio), Marcos Araújo (da Audiomix, dona do festival Villa Mix). Foi graças a isso que ela cresceu. Ela não teve medo. É a maior gestora da música popular brasileira", conta.

O escritor e colunista afirma que 'Furacão Anitta' vai mudar a história do candomblé no Brasil. "Ela é muito dedicada ao candomblé. Ela respeita muito todas as designações da religião dela. E a religião influencia a vida dela diretamente. Ela consulta sempre o candomblé", explica. "Tanto que o livro tem um capítulo chamado: 'Não é sorte, é fé'. Anitta odeia que alguém chegue para ela e diga que ela teve muita sorte na vida. Quem fala isso não sabe de nada".

Amizade

Leo garante não ser exatamente amigo da cantora. "Não somos amigos. Somos pessoas próximas, que respeitam demais o trabalho um do outro. Eu a admiro demais, principalmente por ter acompanhado a carreira de Anitta desde a época em que ela estava na Furacão 2000. Sempre dei espaço para ela, e ela é grata. Uma das principais características de Anitta é a gratidão", diz.

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