A "cobra" Judite e Fabíola Reipert - Antonio Chahestian/Record TV
A "cobra" Judite e Fabíola ReipertAntonio Chahestian/Record TV
Por Gabriel Sobreira

Galã comprometido que faz a linha de bom moço foi visto "pulando a cerca". Casal que parece de comercial de margarina mantém relação aberta. Artista tem vídeo íntimo vazado. Já imaginou conhecer em detalhes os (podres) bastidores da vida dos famosos? E que tal acordar com mais de duas mil mensagens iradas no celular vindas do fã-clube de Joelma e Chimbinha ou bloquear Marina Ruy Barbosa no WhatsApp por achá-la "muito chatinha"? Isso tudo já aconteceu com a jornalista Fabíola Reipert, que há um mês lidera a audiência com o quadro 'A Hora da Venenosa', do 'Balanço Geral SP', na Record TV.

AMEAÇAS
Acostumada com ameaças de processos de famosos, Fabíola diz que não tem mais pendências jurídicas. "Zerada", confessa. Mas quando o assunto é a ira de fã-clube dos artistas, a jornalista não tem boas memórias. "Os fãs da Joelma e do Chimbinha me ameaçaram de morte quando falei que eles iam se separar. Falavam que iam me pegar na porta da Record. Fiquei até com medo. Eles descobriram o meu celular, que eu tinha desde 1998. Tive que mudar de número. Antes, mandavam mensagens, ligações de WhatsApp, me incluíam em grupo. Mas quando viram que não era mentira, um monte deles veio me pedir desculpa. Foi muito pesado", lembra Fabíola, de 45 anos.

MARINA BLOQUEADA
Já bloqueou algum famoso no WhatsApp? "Marina Ruy Barbosa. É muito chatinha. Fica querendo controlar jornalista. Comigo não cola. Ela pegou meu telefone, e qualquer nota (que eu dava sobre ela), ficava me ligando. Não vai controlar o que eu escrevo. Me deixa fazer o meu", dispara. "Peguei e bloqueei. Não tive paciência. O meu compromisso é com o telespectador. Não sou assessora de imprensa de famosa, não sou paga pra proteger eles do que fazem. Aprontou? Falo mesmo", acrescenta ela, revelando que já teve famoso que pediu a cabeça dela. "Mas prefiro não citar nomes. Não faz tanto tempo. Não foi ano passado, mas foi recente", diz.

BAFOS
A jornalista lembra que assuntos de traição sempre repercutiram bastante. "Teve aquele flagra do Marcelo Adnet, que era casado com a Dani Calabresa e foi fotografado beijando outra. A história da separação da Débora Nascimento e do José Loreto rendeu e rende até hoje", lembra a paulistana, que desde 1998 cobre o universo de TV e celebridades.

O divórcio do casal global impulsionou tanto o 'Balanço Geral' que a atração foi a maior audiência da Record no dia 19 de fevereiro. "Sobre o Fábio Assunção e os vídeos dele, ele é um caso à parte. A gente fica com pena por ser um cara com problema com vício, mas a partir do momento que é notícia, a gente tem que dar. Ele que tem que tomar cuidado com a imagem porque sempre tem alguém gravando", aconselha.

BEM AMADA
Apelidada por seus detratores de 'Cobríola', a jornalista ri da alcunha e jura não se incomodar. "Acho engraçadíssimo", atesta, às gargalhadas. E o mesmo acontece quando algumas de suas "vítimas" a acusam de ser mal-amada. "Estamos juntos há nove anos. Deixa esse povo falar o que quiser. Não preciso mostrar que estou feliz. Quem está provando muito que está feliz é porque tem alguma coisa estranha aí", alfineta ela, que namora Diogo Trigueiros.

"Não tenho objetivo nenhum de fazer maldade, prejudicar ou destruir casamento, carreira. O meu objetivo é apenas fazer o meu trabalho. Se a pessoa não aprontar, não vou contar", completa ela, que impõe limites a si mesma. "Tem uma famosa que voltou o câncer dela. Eu não darei essa notícia porque ela não quer confirmar. Faço por respeito a ela. Acho que é uma falta de respeito dar a doença sem a pessoa confirmar".

SUCESSO NA TV
Há cinco anos à frente do quadro 'A Hora da Venenosa', ao lado dos colegas Reinaldo Gottino e Renato Lombardi, Fabíola comemora o sucesso da produção. Só para se ter uma ideia, no ano passado, quando brigava com o extinto 'Vídeo Show' (1983-2019), o quadro da Record completou cinco meses seguidos (22 semanas) em primeiro lugar absoluto, de 16 de julho até dezembro. Recentemente, em fevereiro, já sem o programa de variedades da Globo, 'A Hora da Venenosa' conquistou o primeiro lugar isolado, vencendo na média mensal os filmes da 'Sessão da Tarde', da Globo — 11,3 pontos contra 9,6 pontos dos filmes.

"As pessoas querem ver o circo pegar fogo, sim. Não que desejem o mal do famoso ou que o artista se separe ou se dê mal. O público sente que o famoso é gente como a gente, tipo pensa: 'Ah, tinha o casamento perfeito e se separou. Eu também me separo na vida real'. Todo mundo gosta de uma fofoquinha", entrega.

VOO SOLO?
Sonha em ter um programa só seu? "Eu não. Nem sei fazer e não quero. Está tão bom assim. Não tenho esse objetivo, gosto de dividir o espaço com outras pessoas, fica melhor com quem está assistindo, fazer bater a bola. Ficar sozinha, não. A gente é superparceiro na produção, clima ótimo de trabalhar, não tem falsidade. Não tem dinheiro que pague essa paz de espírito de trabalhar em um lugar assim. As pessoas percebem quando não é de verdade", frisa.

Desde que estreou o quadro na TV, em 2014, a jornalista começou a dar dor de cabeça para a Globo, que ao longo desses anos emplacou 12 apresentadores no 'Vídeo Show', sem conseguir frear o avanço da Record. Para Fabíola, não é possível cravar que 'A Hora da Venenosa' foi responsável pelo fim da atração da concorrente.

"Deve ter acendido o sinal amarelo deles de 'Vamos ficar atentos que tem alguma coisa acontecendo'. Alguma coisa deve ter incomodado. Não acho legal comemorar o fim de um programa. Podem ter pessoas que ficaram desempregadas, não sei, ou que não foram remanejadas para outras funções. Quando um programa acaba, tem mil motivos. Pode ser baixa audiência, desgaste de tantos anos no ar... Uma coisa não podemos negar: um quadro que dá audiência acaba incomodando a concorrência", diz.

MAIS CONCORRÊNCIA
Comenta-se nos bastidores que a Globo prepara um reforço na programação para recuperar a liderança no horário — como a mudança de faixa do programa de Fátima Bernardes ou a estreia de Fernanda Gentil. "A gente não vai mudar nada. Nem tem determinação para isso. A gente vai continuar fazendo o mesmo: dar a notícia, contar as coisas de uma forma descontraída, sem fazer sensacionalismo", afirma.

Para Fabíola não é legal ir para TV e destruir o artista em nome da audiência. "Tem que dar notícia com opinião e com cuidado. Dependendo da forma que sai, pode ficar agressivo", avalia ela, que até 2017 tinha um blog com posts diários do "mundo pantanoso" dos famosos.

"Depois que fiquei na TV, o povo parou de me odiar tanto. Na internet, tudo que coloca se espalha de uma forma rápida, a repercussão é muito maior. Sem falar que o meu jeito de escrever é diferente do de falar. Não dá para falar do jeito que escrevia", diz ela, que não acredita que a Globo possa fazer um programa de fofocas. "Não faz o perfil deles. Só que o público está procurando isso. Tirando eles, todas as emissoras têm. As pessoas querem saber os bafos dos artistas. A voz do povo é a voz de Deus. E se o povo está pedindo, tem que dar", brinca.

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