Macho Fragata - Áthila Bertoncini/Divulgação
Macho FragataÁthila Bertoncini/Divulgação
Por Gabriel Sobreira

Localizado a cerca de cinco quilômetros ao sul da Praia de Ipanema, o Arquipélago Cagarras (conjunto de sete ilhas e rochedos: Cagarras, ilhota Filhote da Cagarra, Palmas, Comprida, Redonda, ilhota Filhote da Redonda e Rasa) estará ainda mais perto dos cariocas e turistas a partir de hoje, até o dia 25 de março, no Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES), das 9h às 18h, em Laranjeiras. É quando acontece o evento gratuito 'Monumento Natural das Ilhas Cagarras' (MoNa Cagarras), uma exposição interativa, com direito aos visitantes até brincarem de arqueólogos por um dia.

No espaço 'Caixa de Escavação', quem quiser, pode procurar com ajuda de pás e pincéis algumas conchas e réplicas de artefatos arqueológicos (como um machado de pedra polida e um quebra coquinho) utilizados pelos índios tupi-guarani, encontrados por pesquisadores do projeto no topo da Ilha Redonda, em 2011. Além disso, um grande painel interativo traz o zoneamento do costão rochoso, onde é possível conhecer e interagir com as espécies que habitam os diferentes níveis do costão, bem como um cardume interativo que traz informações sobre algumas das centenas de espécies de peixes que ocorrem no MoNa Cagarras.

"O objetivo principal desta exposição é atingir de forma inédita o público surdo. Uma das ações foi incluir no documentário 'Ilhas Cagarras: Monumento Carioca', lançado pelo projeto em 2013, legendas em Libras, especialmente para o evento. Além disso teremos intérpretes ajudando os monitores a passar todo o conteúdo da exposição e fazendo a informação chegar para o maior número de pessoas", afirma Mariana Tavares, gerente de mobilização social do projeto Ilhas do Rio.

A exposição ainda traz centenas de imagens exclusivas da biodiversidade e do trabalho de campo realizado pelos pesquisadores. Entre elas, algumas inéditas, como os flagrantes da presença das baleias e orcas na costa carioca, registrados em julho de 2018. Além de exemplares da Coleção Zoológica Didático-Científica, da Seção de Assistência ao Ensino (SAE) do Museu Nacional - ela foi salva do incêndio que atingiu a instituição em 2018. Como, por exemplo, peixes, invertebrados marinhos, répteis e anfíbios (conservados em álcool); conchas e corais secos; e exemplares empalhados de um tubarão de ocorrência rara, um atobá-marrom e uma fragata.

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