Rio - Aos 35 anos, Maria Carol diz que tem um lado espiritual bem trabalhado. Ela se identifica com a natureza, esportes, acha incrível o universo de chás e ervas de sua personagem, a hippie Diana, de 'Verão 90'. Tudo ligado ao esoterismo chama atenção da taurina. "Sempre gostei dessas coisas que tratam de algo superior a gente", diz ela, que completa 36 anos no próximo dia 25 e é fã de temas como numerologia.
Apelido
Prova disso é que desde 2014 (ou 2013, ela não tem certeza), Maria Carol assina sem o sobrenome Rebello. Na verdade, Maria Carol é apelido. Quando criança, a atriz tinha uma amiga também chamada de Carolina que, para facilitar a vida das mães de ambas, ganhou o apelido de Carol. "E eu ali virei Maria Carol. Sempre adorei esse apelido", conta a intérprete de Diana de 'Verão 90', da Globo.
"Quando fiz a numerologia, eu vi que ele (o apelido Maria Carol) tinha o caminho e as portas mais abertas, eu resolvi apostar. E acho que sim, as coisas têm acontecido (desde que tirou o sobrenome). Não atribuo apenas a isso, mas de qualquer forma acho que é um nome forte (Maria Carol), é um nome que marca. Eu gosto bastante", completa a intérprete cujo nome artístico já foi Carolina Rebelo e Maria Carol Rebello.
A família
E como sua família reagiu à retirada do sobrenome? "Eles me apoiaram, acharam o máximo. Tenho muito orgulho deles", derrete-se ela, que é neta da atriz Hilda Rebello, filha da produtora de teatro Maria Rebello, irmã do diretor João Rebello, sobrinha do diretor artístico da Globo Jorge Fernando e mãe de Manoa Rebello, de 13 anos. "Ela quer ser atriz, estuda e faz escola de musicais. Canta, dança e sapateia, faz circo, teatro. Ela sempre gostou", conta toda orgulhosa da filhota.
"Falo pra ela principalmente ser o que ela quiser realmente ser e amar ser, não ter medo, vergonha, amarras, não se importar com julgamentos, opiniões de ninguém, correr atras do que ela realmente quer, é, pra ela ser livre. Acho que a partir daí a gente cria um ser humano feliz, bem-sucedido, que respeita e é respeitado", ensina ela, que fez aulas de surfe para a novela. "Achamos que ia ter mais cenas surfando e acabei fazendo pouca. Mas me apaixonei pelo esporte, mandei fazer uma prancha pra mim e tinha época que ia toda semana surfar", confessa.
Com 27 anos de carreira, Maria Carol sabe que o fato de ser filha, sobrinha, neta de alguém é um estigma que vai carregar. "É impossível a gente fugir disso. Vai ser sempre comparado, e vai ser sempre aquele questionamento: 'Ah, está ali porque é sobrinha de fulano de tal'", aponta. Mas ela nem está aí para isso. Maria Carol tem muito orgulho do caminho que traçou nessas quase três décadas de trabalho. "Sou muito crítica, sei que tenho que aprender muito, sei que posso melhorar muito, e sei reconhecer quando está bom", reconhece.
E ainda vai além: "Na hora de tomar esporro é igual ao de todo mundo, sem dúvida. O Jorge é um cara de muito vigor e como diretor não seria diferente, ele tem uma energia, uma vitalidade.", frisa a atriz, que passou 15 anos fazendo o espetáculo 'Boom' com Jorge Fernando. "Ele pensa em milhões de coisas ao mesmo tempo, é o meu grande mestre, meu grade professor, reverencio ele de todas as formas que posso", acrescenta.
Novela
Em 'Verão 90', Diana (Maria Carol) e Tobé (Bernardo Marinho) estão cada vez mais interessados um no outro e vão engatar um namoro. "Eles têm uma relação meio Eduardo e Mônica, ela é uma mulher antenada, esperta, e o Tobé fica encantado com ela pelo que ela fala, e ela se encanta com a pureza e a leveza dele", diz a atriz, que namora há três anos com o personal Felipe Leal. Eles moram juntos há um ano e meio. "É uma relação que a gente está junto, ele vive a minha vida junto comigo e eu a dele com ele. Claro que sempre tem (ciumes), se não tiver também não tem graça. Todo casal que se ama e que tem a coisa da atração, do tesão, tem o ciúme, mas a gente consegue desenrolar isso bem, é tranquilo", conta ela.
Teatro
Paralelamente à novela, Maria Carol ainda encontra tempo na agenda para se dedicar ao teatro. Ao lado de Marcelo Duque, ela protagoniza a comédia de casal 'Tem uma Mulher na Nossa Cama', em cartaz toda segunda-feira, até o próximo dia 8, às 21h, no Teatro dos Quatro, na Gávea. A peça mostra Ludmila (Maria Carol) e Sandro (Duque) que acordam depois de uma noite de bebedeira e não se lembram de nada ao acordarem o lado de uma estranha na cama deles. "Na hora em que a Ludmila vê aquela mulher na cama, ela fica louca, claro, como qualquer mulher. Mas o problema dela é não lembrar do que aconteceu. Não é criticando a mulher que está na cama do casal, mas procurar a peça que eles não conseguem lembrar", defende.