A cantora Zanna:
A cantora Zanna: "Conquistando os ouvidos mais atentos", dizAdriano Fagundes/Divulgação
Por Gabriel Sobreira

Rio - Quem mora ou visita a cidade do Rio de Janeiro já "conhece" e se acostumou a ouvir Zanna praticamente todos os dias. Desde 2011, a cantora é responsável pela voz do Metrô Rio. "As pessoas me reconhecem na rua, me param, pedem pra eu falar no telefone delas, gravar mensagens pra namoradas e namorados, pedem a música que fiz pro Metrô Rio (aquele trombone que todo mundo que anda de metrô conhece), para tocarem a música nas suas festas, DJ mirins querendo fazer remix, gente me convidando para jantar, paqueras de homens e mulheres. Tem de tudo", conta a compositora e violinista, que apresenta o show 'Zanna', nesta sexta-feira, às 22h30, no Blue Note, na Lagoa (R$ 90).

"Já aconteceu de falarem que minha voz parece com a do metrô. Ou então gente que fica me olhando e diz: 'Nossa, parece que já ouvi sua voz em algum lugar'", lembra ela, aos risos, dizendo que a voz parece despertar uma fantasia na cabeça das pessoas. "Me divirto. Adoro ser a voz do Metrô Rio e faço isso com muito cuidado, com os ouvidos entendendo também a delicadeza que é falar com mais de 1,5 milhão de pessoas todos os dias", completa, orgulhosa.

O SHOW

No palco, a artista apresenta músicas do seu último álbum, 'Zanna' (que teve três indicações ao Grammy Latino, de 2017: nas categorias Melhor Álbum de Música Popular Brasileira, Melhor Álbum de Engenharia de Gravação e Produtor do Ano). Além de releituras de Titãs, Legião Urbana e Ludmilla, entre outros. "Eu gosto de quase tudo, menos country music (risos). Mas o meu coração, o meu imaginário é muitíssimo povoado pelo Brasil e pela música popular brasileira. Gosto de transitar e me provocar com estilos bem diferentes dos estilos que me vêm na composição, mais naturalmente", conta ela.

Segundo Zanna, o fato de ter sido indicada ao Grammy Latino já foi uma vitória e como aprendizado ela constata que vale apostar de fato no próprio trabalho, porque o resultado vem. "O brasileiro está querendo de novo se orgulhar da sua música, e estamos aqui pra isso. Vou continuar fazendo discos com o mesmo primor, cuidado, investimento e aos poucos ir conquistando dos ouvidos mais atentos aos mais distraídos", afirma.

BANDA

Entre as novidades da apresentação de amanhã está a nova formação da banda: Guilherme Gê (teclado e coro), Beatriz Lima (baixo), Jadna Zimmerman (percuteria e coro), Janaína Salles (violoncelo) e Dudu Oliveira (sopros e coro). Para Zannna, o amor pela antiga formação existe, mas ela sentia que precisava expandir a presença feminina na banda. "Elas são lindas, afetivas, tranquilas e estamos numa vibe maravilhosa nos ensaios. Estou muito feliz. Acho que todos os artistas deveriam colocar sempre uma presença feminina no palco", defende.

Com mais de 300 composições escritas e inéditas chegando, o novo desafio de Zanna é descobrir qual vai ser a pegada do próximo álbum. "Ontem (terça-feira), decidi com minha diretora de cena, Danielle do Rosário, que vou tocar uma música que estará no próximo álbum. Chama-se 'Calor'. Uma canção que fala da impermanência da vida e das relações", adianta ela, que para o novo CD começou a ouvir, tocar antigas e novas canções. "Adoro esse momento da escolha do repertório. Mas tenho vontade também de incluir uma dessas releituras no disco".

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