PK e Ludmilla no clipe 'Do Jeito que Tu Gosta': fogo no parquinho - WCnoClick
PK e Ludmilla no clipe 'Do Jeito que Tu Gosta': fogo no parquinhoWCnoClick
Por Lucas França*

Rio - Rap, funk e pagode. Os limites dos gêneros musicais não parecem existir para o jovem PK, de 22 anos. O cantor, que começou a rimar de "zoação" com amigos de infância, hoje tem mais de 20 milhões de plays/streams em músicas dele no Spotify. Com o passar do tempo, a brincadeira com as palavras virou coisa séria. Na última sexta-feira, PK lançou o EP 'ImPKvel', com parcerias de DJ Tubarão, Kevin O Chris e Ludmilla. A funkeira também aparece com o MC no clipe da faixa 'Do Jeito que Tu Gosta'. 

"O clipe ficou lindo, as cenas são bem quentes. Ludmilla me deixou bem a vontade, ela é uma das maiores artistas do país. É fogo no parquinho, parque e parcão", brinca. 

As imagens "picantes" da gravação geraram comentários nas redes sociais. Para o rapper, a maioria das pessoas "confundiram a atuação com a vida real". Mesmo assim, ele conta que outras usaram o clipe para ofender o namoro de Lud com a dançarina Brunna Gonçalves. O jovem saiu em defesa da amiga: "As pessoas que não são heterossexuais sofrem bastante repressão no nosso país. Ludmilla deu a cara a tapa por apoiar uma comunidade que sofre com intolerância".

CIÚMES

Lud conta que a namorada até sentiu ciúmes, mas não passou disso. "Ela entende meu trabalho e respeita. Isso é o mais importante. Somos parceiras!", esclarece. Para ela, PK é "um cara sensacional, talentoso e aposta da nossa música". 

Nascido na Ilha do Governador e batizado de Pedro Henrique Bendia, PK coleciona parcerias importantes, apesar de uma curta carreira solo. Ele relembra o som 'Indomável', união dele com Belo. A mistura de samba, pagode, rap e o funk fizeram com que o jovem saísse de uma "zona de conforto", como ele explica. A mistura entre gerações da música nacional agradou aos ouvintes. O som já ultrapassou três milhões de visualizações no YouTube e alcançou o Top 50 nas virais do Spotify Brasil. "Belo é incrível, já fazia sucesso no Brasil antes de eu nascer", diz.

Início de tudo

PK teve a fama impulsionada pela popularidade das rodas culturais que rolam pelo Rio de Janeiro. Nelas, os participantes se enfrentam com rimas feitas na hora, o freestyle. Em um vídeo de 2016, PK e outro MC, chamado Buddy Pokke, enfrentam MZ e Orochi na Batalha do Tank, que ocorre em São Gonçalo. As imagens têm cerca de três milhões de visualizações no YouTube. PK afirma que as rodas de rima foram "tipo as divisões de base no futebol".

Ele fez parte do grupo de rap Classe A, quando começou a "sustentar a família com o sonho" de fazer música. Tanto em grupo quanto sozinho, uma das marcas de PK é o bordão "é o rap, é o funk", que ele sempre usa em shows ou gravações de estúdio. Os ritmos são o carro-chefe da carreira do artista.

"Os dois gêneros têm o mesmo berço, vieram das camadas mais populares da sociedade. Cresci ouvindo os dois, por que não fazer essa mistura?", explica.

A música 'Quando a Vontade Bater' marca essa característica do rapper. Realizada com o quase homônimo DJ PK Delas, as rimas ocorrem enquanto uma tradicional batida de funk carioca toca. Para o futuro da carreira, a meta de PK é continuar o aprendizado. "Trabalhar muito, ter mais excelência naquilo que faço, aprender mais sobre música e abranger o maior número de gêneros musicais que puder", diz o cantor.

 

* Estagiário sob a supervisão de Paulo Ricardo Moreira

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