Mão Santa (Guilherme Leican) em A Dona do Pedaço - Divulgação/Globo
Mão Santa (Guilherme Leican) em A Dona do PedaçoDivulgação/Globo
Por Juliana Pimenta

Rio - Se depender de Walcyr Carrasco, bandido bom é bandido atrapalhado, porque em 'A Dona do Pedaço', Sergio Guizé está fazendo o maior sucesso como o matador Chiclete. Na trama, o criminoso confunde suas vítimas e se apaixona pelo seu verdadeiro alvo, a influencer Vivi Guedes (Paolla Oliveira). "Estou me divertindo bastante fazendo o personagem. Apesar de matador, ele é carismático. Me preparei assistindo a alguns documentários sobre assassinos lendários. Estou lendo e vendo séries pensando sempre nessa pegada do Velho Oeste moderno. Também penso em referências de quadrinhos e cartoon", conta.

Por acreditar que seu alvo era Kim (Monica Iozzi), Chiclete baixou a guarda e se deixou envolver por Vivi. Após descobrir que entendeu tudo errado, Chiclete até pensa em matar a amada para cumprir sua palavra, mas desiste do plano para dar uma chance ao casal. "Eu quero que as pessoas acreditem que um matador possa se redimir e largar tudo em nome do amor. O amor é mais forte do que qualquer coisa, mas acho que o difícil é chegar contando isso de uma forma verossímil", revela.

Apesar de rechaçar qualquer tipo de identificação com o personagem, Guizé atesta que Chiclete não é um vilão e chega a torcer por um final feliz para o matador. "Acredito que ele vá terminar a novela com a Vivi Guedes. Eles vão passar por muitas coisas, mas se amam muito e são muito apaixonados. É muito difícil de deter o amor, principalmente no mundo da teledramaturgia".

Torcida

Guizé tem recebido o carinho do público nas ruas quando vai à academia ou quando sai para andar de bicicleta. O ator comenta que as pessoas o param para elogiar o personagem e falar sobre o relacionamento de Vivi e Chiclete. "Fica claro para o público que a Vivi não gosta do Camilo e que ele gostaria que ela fosse outra pessoa, porque não a aceita do jeito que é. Acredito que o amor é 'viva e deixe viver'. Então é uma relação tóxica, e ela encontra no Chiclete tudo o que ela queria. Apesar de ser simples e rústico, ele não é machista como o Camilo. Ele quer ver a Vivi feliz de qualquer jeito, ele a admira. São livres", destaca.

Além disso, o próprio ator defende que esse tipo de relacionamento é o que, na sua opinião, tem mais futuro. "Acredito muito mais nesse tipo de amor do que esse amor pré-estabelecido por uma sociedade convencida no que é melhor pra gente para as nossas relações. Acredito no amor genuíno, diferente e improvável deles. Nenhum tipo de sociedade vai conseguir sabotar isso porque é muito mais forte do que qualquer outra coisa", diz.

Repercussão

Fora todo o burburinho em torno de Chiclete, 'A Dona do Pedaço' tem feito tanto sucesso que Guizé, que já entrou com a trama já começada, estava ansioso para ingressar no trabalho. "A novela era um sucesso quando estreou. Quando eu assisti, liguei para a produção falando: 'Quando eu vou gravar? Quero estar lá!'. E cheguei nessa máquina que estava funcionando superbem e todos me receberam muito bem", conta.

Uma das boas surpresas, segundo ele, é a relação com os novos colegas de trabalho. "A Paolla (Oliveira), eu conheci de verdade no set de gravação, e ela foi muito generosa. A personagem dela já estava fazendo muito sucesso, e ela foi bacana de me emprestar esse talento todo para essa parceria. Assim como a Juliana Paes, Reynaldo Gianecchini, Nívea Maria, que são pessoas por quem eu tenho grande admiração. Estou muito feliz, as pessoas se adoram, e a gente vive cantando e contando piada nos bastidores. Melhor clima impossível", revela.

 

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