Diogo (Armando Babaioff) Bom Sucesso - Globo / Reginaldo Teixeira
Diogo (Armando Babaioff) Bom SucessoGlobo / Reginaldo Teixeira
Por Nathalia Duarte

Rio - Manipulador, mau caráter, egoísta. Adjetivos não faltam para descrever a personalidade de Diogo, personagem de Armando Babaioff, em 'Bom Sucesso'. Com o objetivo de ficar com o dinheiro de uma futura herança de Nana (Fabíula Nascimento), o advogado não vê barreiras para pôr seus planos em prática e aproveitar a boa vida que o dinheiro da família Prado Monteiro pode lhe proporcionar.

Diogo já foi capaz até de trocar as pílulas anticoncepcionais de Nana por falsas para que ela engravide. Mas o desejo de ficar com o dinheiro da Editora Prado Monteiro não é o suficiente para que o vilão seja fiel à esposa. Por isso, ele vive um relacionamento extraconjugal com Gisele (Sheron Menezes). No capítulo que vai ao ar neste sábado, Diogo descobre que Willian (Diego Montez) está chantageando a amante, pois sabe do caso dos dois, e o ameaça de morte.

O diretor de marketing da editora não será o único a ter a vida ameaçada por Diogo. Nos próximos capítulos, até a vida de Alberto (Antonio Fagundes) o advogado planejará tirar para que a herança chegue mais rápido em suas mãos. Com tantas maldades no currículo, o ator recorre a um artifício para que as pessoas se encantem pelo vilão: o humor.

"Ele é um cara que se aproveita da fraqueza do outro para benefício próprio. Mas tem essa jogada do humor. Com isso, quero que as pessoas tenham raiva de gostar do vilão. Porque boa pessoa ele não é. De fato. O Diogo é um sujeito amoral. Mas quero que o público se sinta culpado por gostar dele", diverte-se o ator.

Fabíula Nascimento e Armando Babaioff - Globo/João Cotta

O relacionamento abusivo com Nana é mascarado com o jogo de sedução de Diogo. Recentemente, o advogado foi capaz até de embriagar a esposa, esperá-la dormir e fazer sexo com ela. O chamado estupro marital, quando o sexo é forçado pelo próprio marido ou companheiro, gerou revolta nas redes sociais. Mas, na novela, Nana apenas reclamou com Diogo e logo o perdoou.

Em contrapartida, o relacionamento com Gisele é puro sexo. Mas se engana quem pensa que o personagem tem alguma preferência.

"Ele não tem uma preferida. Para as duas ele é o que ele fala. Ele fala o que elas querem ouvir. E ele comparece na cama com as duas. Ele tem uma brincadeira com a sedução. É algo tão absurdo ser sedutor que acho divertido", explica Armando, que esclarece em que está a verdadeira paixão de Diogo. "Ele é um cara que se ama, mais do que qualquer outra coisa. Ele é autossuficiente. Não sei nem se ele faz sexo com os outros, ele faz sexo com ele mesmo. Dá vazão aos prazeres dele, e um dos prazeres dele é o risco. Estar no risco. Ele gosta de se colocar em risco", completa.

Armando Babaioff e Sheron Menezes - Reprodução

Vivendo os opostos

O último papel de Babaioff na televisão, foi em 2018, em Segundo Sol. Na trama das 21h, o ator interpretou Ionan, um rapaz exemplo e contraponto do irmão (Vladimir Brichta). Já na trama das 19h, Diogo não aprovaria o bom-caratismo do antigo personagem de Babaioff. Além da discrepância de personalidade, é a primeira vez que o ator de 38 anos interpreta um vilão na televisão, o que é, segundo ele, uma conquista.
“Estou adorando vir de personagens diferentes. É o primeiro vilão em televisão. Um desafio grande. É aquele velho clichê que minha mãe vai reclamar quando ler que eu disse, mas esse personagem é um presente”, brinca o ator.
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Armando Babaioff posando com Fabíula Nascimento, a Nana (alto, E), e em cena com Sheron Menezes, a Gisele (alto, D): jogo de sedução - Globo / João Cotta
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Carreira antiga

E se na televisão é a primeira vez de Babaioff como vilão, no teatro o ator já teve a oportunidade de mostrar várias facetas, com textos traduzidos, produzidos e interpretados por ele.
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“Faço teatro desde os 11 anos. Tenho esse lugar no teatro que eu faço os textos que gosto. Nesse momento, acho importante como ator me colocar, em façe às mazelas humanas que a gente se coloca. Eu me sinto nesse lugar, quase como uma responsabilidade”, explica o ator, que diz não ligar muito para a fama. “Depois de chegar em uma determinada idade, a minha preocupação é em contar boas histórias. Eu não sou uma celebridade, eu sou um operário. Eu carrego cenário, produzo, traduzo e gosto disso, o dia que perder isso, perco o interesse com a profissão. Gosto de conhecer gente, meu material é o material humano. Se eu deixar de andar de metrô, deixar de entrar na loja para perguntar o preço do metro do tecido, deixo de ser quem eu sou”.
 
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Armando Babaioff no espetáculo Tom na Fazenda - Reprodução do Instagram

 

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