Vitor KleyDivulgação

Rio - O cantor Vitor Kley, de 29 anos, disponibilizou a terceira e última parte do audiovisual "A Bolha Ao Vivo em São Paulo", no início deste mês, além do álbum compilado com todas as faixas nas plataformas digitais. Neste trabalho, o artista reuniu nomes como Samuel Rosa, Jorge e Mateus, Priscilla Alcantara, L7nnon, Bruno Martini e Rick Bonadio, passeou por diferentes estilos musicais e mostrou suas vivências pessoais. O gaúcho comenta a sensação de encerrar um ciclo, explica o conceito da cor roxa, revela que é uma pessoa de fé e muito mais. Confira a entrevista! 
- Você lançou a última parte do DVD 'A Bolha Ao Vivo em São Paulo'. É um ciclo que se encerra?

Sim. É um ciclo que se encerra, da 'Bolha', do roxinho. Um ciclo muito feliz, bem vivido, três anos se passaram, agora depois de viajar com essa turnê do DVD por completo, a gente precisa vir com algo novo. Ansioso com o que virá pela frente, mas também aproveitando o fim da 'Bolha'.
- Qual é a sua música queridinha desta terceira parte do DVD? 
'Meu quesito é saber viver', que é a inédita. É muito massa poder cantar uma música com mais guitarra, um rock ao vivo, e uma música que tem um assunto que é muito legal, me mostra mais vulnerável. Achei muito da hora isso. Sinto que muitas pessoas também se identificaram com ela, recebi várias mensagens. Essa é a queridinha da minha parte.
- E o que é saber viver para você, Vitor? 
É poder viver em paz. Acho que quando você consegue fazer o que ama, tem saúde, as pessoas ao teu redor estão bem e com saúde também, e a gente consegue aproveitar e desfrutar desses momentos, está sabendo viver. Mas obviamente que o mundo não é só coisa boa também. A gente precisa aproveitar para aprender com esses desafios, somar, ver as pessoas crescendo. Às vezes, quando passo por desafios vejo que são momentos em que mais estou vivendo. A gente passa por eles e vê a melhora depois. A vida é uma montanha-russa, são altos e baixos e a gente passa por todos esses momentos vivendo com intensidade, vivendo o agora.
Esse projeto tem participações de Samuel Rosa, Jorge e Mateus, Priscilla Alcantara, L7nnon, Bruno Martini e Rick Bonadio. Como foi chegar nesses nomes?
Foi muito natural, verdadeiro. Admiro muito esses nomes. Com cada um tenho histórias maravilhosas. E foi muito legal, parecia que a gente estava em casa, recebendo os parceiros e isso foi registrado para o mundo. Ver o resultado pronto das canções, ver que funcionou... Isso é bom para mostrar para as pessoas que é bom a gente ter colaborações que não são tão óbvias e que dá para fazer umas paradas muito legais. Foi o que rolou. Foi demais registrar isso. A gente se divertiu pra caramba.
Com esses nomes, a gente percebe que você é uma pessoa que gosta de explorar outros ritmos. Você acompanha as novidades do mercado musical?
Sim, sou um cara que estou escutando de tudo, o tempo todo. Música brasileira, da Espanha, americana, inglesa, mexicana. Escuto muita coisa antiga coisa da década de 70, de 60, e sempre estou atento aos lançamentos, a galera da nova geração. Essa nova onda de produtores, acho muito interessante as ideias que eles estão trazendo, coisas novas, diferentes, improváveis. Tem umas misturas boas rolando. E o mais legal é isso: acaba unificando os públicos.
Esse projeto traz muito a forma como você enxerga a vida. E tem isso de uma cor roxa. Que conceito é esse da cor, Vitor?
Ando de roxo há três anos já (risos). Daqui a pouco não vai dar mais, as roupas estão todas desbotadas. O significado da cor roxa tem um pé na transformação, do mundo espiritual, da melancolia. A 'Bolha' é um álbum que trouxe uma transformação na minha carreira, depois do 'Adrenalizou', que tem 'O Sol', 'Morena'. A gente veio com uma coisa diferente, sou eu ainda, mas obviamente a gente vai crescendo na vida, amadurecendo e 'A Bolha' foi o álbum que mostrou essa minha nova vivência. Nada melhor do que ter uma cor que simbolize isso tudo.
A cor veio até mim através de um sonho, em sinais na vida, mas quando você vê que a cor tem um significado e o significado é o que as músicas falam, o que o álbum traz pro mundo, você fala: 'é isso, perfeito'. É um álbum muito especial, transformou muito a gente pessoalmente, foi o nosso primeiro indicado ao Grammy, que trouxe nosso primeiro DVD. Agora vai chegando no fim. Acho que está na hora de seguir meu novo caminho, vir novas ideias, novos conceitos, novas canções. Foi um momento muito legal vivido e uma cor muito especial.
Você é uma pessoa de muita fé? 
Sou um cara de 'fé na vida', como diria Milton Nascimento. Tenho muita fé na vida, acredito em tudo. Sou o contrário de cético. Se você me falar que viu o Capitão América salvando uma senhora aqui na esquina, vou falar: 'caraca, quero conhecer o Capitão América', vou atrás dele, quero saber como é ser um super-herói. Tenho esse pé na fantasia, acho que vem da espiritualidade também. Minha mãe é artista e sempre me ensinou que tudo é possível, que a gente tem que correr atrás das coisas, que se a gente tem uma mentalidade, um nível espiritual mais elevado, a gente consegue sentir e realizar coisas que talvez para outras pessoas seria impossível... Comigo não vai adiantar esse papo das pessoas céticas que falam: 'não, não pode'. A gente vive coisas hoje que nem nos melhores sonhos a gente pensava. Meu nível de fé é bem elevado, agradeço todo dia de noite, de manhã.
Você passou recentemente por Portugal, Inglaterra e Itália. Como foram os shows lá? Pensa em carreira internacional?
Penso muito em carreira internacional. Faz dois anos, acho, que a gente já fica mentalizando em expandir cada vez mais os horizontes. Essa eurotour foi a primeira que ficamos dois meses longe, tocamos em Portugal, Inglaterra e Itália, então, já expandimos nosso horizonte. Essa turnê em Portugal foi cinco vezes melhor que das últimas vezes, então, está cada vez mais crescendo o trabalho lá. Está lindo isso. Inglaterra e Itália foi muito legal também. Obviamente, Inglaterra e Itália foi mais para brasileiros, tinha também indianos, espanhóis, ingleses, italianos, mas mais brasileiros. Em Portugal é diferente, a gente toca para um público 90% português e 10% brasileiro. Então, assim, a gente está pegando tudo o que aconteceu em Portugal e levando de inspiração para os outros países. Se tiver que aprender novas línguas, aperfeiçoar, vamos fazer, vamos estudar. A gente mira numa carreira internacional e acho bonito quando a vida vai nos dando sinais e a gente vai seguindo. É pra expandir o horizonte. Está sendo uma experiência muito da hora, desafiadora e prazerosa ao mesmo tempo.
Depois de furar essa bolha, Vitor. O que esperar de você?
Nem eu sei o que espero de mim, é tanta loucura que passa pela minha cabeça... Mas o que posso garantir é que é tudo em prol da música, a matéria prima é a música. Eu me alimento de música, descanso com música, acordo com música. A cada dia fico pensando no que vai vir pela frente, porque vou escutando as coisas que já estou pré-produzindo, o processo de um trabalho começa muitos anos dele mesmo ser externado por mundo. Sinto que já começou o trabalho novo. Estou me surpreendendo muito com as coisas que estão vindo. Sinceramente, para mim, é uma coisa natural. Como estou convivendo comigo todo dia, é natural o que está acontecendo. Mas sei que quando for pra algumas pessoas, vão falar: 'caraca, mano, o cara veio desse jeito mesmo'. O que posso te garantir é que meu leque musical vem se ampliando e se diversificando. Tem minha onda, mas tem muita coisa diferente. Tenho escutado muitas coisas novas, de outros países e isso vem ampliando meu horizonte musical mesmo. Vai ser bonito quando vier.