Publicado 04/05/2024 06:00
Rio - A espera acabou! A Praia de Copacabana, na Zona Sul, recebe na noite deste sábado (4) o último show da turnê "The Celebration Tour", de Madonna, com um público estimado em mais de um milhão e meio de pessoas, o maior dos 40 anos de carreira da cantora de 65 anos. Fãs de diversas regiões do país desembarcaram no Rio e aguardam ansiosamente para ver a Rainha do Pop ao vivo, como a paulista Claudia Avellar, que ainda não era nascida em 1993, quando a diva fez seu primeiro show no Maracanã.
"Eu espero ser transportada para o que eu não vivi. Eu quero sentir como foi isso nos anos 1980", comenta Claudia, de 29 anos, que fundou o fã-clube Madonna Literal há 12, grupo que já chegou aos olhos da cantora. "O nome veio de um um método de ter uma página cômica de traduzir a música ao pé da letra. Eu resolvi começar a postar notícias sobre a vida e a carreira. E estourou. Quando entramos no Instagram, em 2015, a equipe cresceu e até o empresário dela nos seguiu".
Publicidade"Eu espero ser transportada para o que eu não vivi. Eu quero sentir como foi isso nos anos 1980", comenta Claudia, de 29 anos, que fundou o fã-clube Madonna Literal há 12, grupo que já chegou aos olhos da cantora. "O nome veio de um um método de ter uma página cômica de traduzir a música ao pé da letra. Eu resolvi começar a postar notícias sobre a vida e a carreira. E estourou. Quando entramos no Instagram, em 2015, a equipe cresceu e até o empresário dela nos seguiu".
Para a fã, Madonna é mais do que uma cantora. "Ela mudou o meu estilo de pensar, ela me ensinou sobre feminismo, me ensinou a aceitar quem eu sou do jeito que eu sou, me ensinou a amar o próximo e a ter uma ligação muito grande com as músicas dela. Eu costumo dizer que a Madonna é um estilo de vida", reflete.
Diferentemente de Claudia, Marcelo Soares chega de Natal, do Rio Grande do Norte, com uma bagagem de histórias envolvendo a diva pop. Aos 50 anos, o assessor de comunicação, que também faz parte do Madonna Literal, acompanha a cantora desde os 16, quando ouviu pela primeira vez a música "Like a Prayer", um dos maiores sucessos da rainha.
"Foi o primeiro clipe dela que escutei e me pegou de um jeito. Nossa! Que coisa interessante, que mulher fantástica, que coragem de bater de frente com a igreja. E até hoje sou apaixonado, não só pela artista, mas pela pessoa política, que defende minorias, que tem opiniões fortes e vai contra os tabus", relata Marcelo, que vendia bolo de chocolate para ver shows da cantora. "Estar aqui no Rio, neste dia e neste show histórico representa a realização de um sonho".
Pioneira nas causas sociais
Tico Malagueta, outro integrante do fã-clube, ressalta a importância da cantora nas causas sociais. "A minha relação com a Madonna tem a ver muito com o lugar de reconhecimento de quem eu sou, pois ela sempre esteve ligada a causas sociais e, principalmente, à comunidade LGBTQIA+", comenta o paulista, acrescentando sobre a influência da artista em sua vida.
"Quando eu era adolescente e ainda buscando informações sobre questões que eu tentava lidar, eu via na Madonna uma amiga que tocava em assuntos que eu queria e ainda não sabia exatamente com quem eu poderia falar", revela.
Diferentemente de Claudia, Marcelo Soares chega de Natal, do Rio Grande do Norte, com uma bagagem de histórias envolvendo a diva pop. Aos 50 anos, o assessor de comunicação, que também faz parte do Madonna Literal, acompanha a cantora desde os 16, quando ouviu pela primeira vez a música "Like a Prayer", um dos maiores sucessos da rainha.
"Foi o primeiro clipe dela que escutei e me pegou de um jeito. Nossa! Que coisa interessante, que mulher fantástica, que coragem de bater de frente com a igreja. E até hoje sou apaixonado, não só pela artista, mas pela pessoa política, que defende minorias, que tem opiniões fortes e vai contra os tabus", relata Marcelo, que vendia bolo de chocolate para ver shows da cantora. "Estar aqui no Rio, neste dia e neste show histórico representa a realização de um sonho".
Pioneira nas causas sociais
Tico Malagueta, outro integrante do fã-clube, ressalta a importância da cantora nas causas sociais. "A minha relação com a Madonna tem a ver muito com o lugar de reconhecimento de quem eu sou, pois ela sempre esteve ligada a causas sociais e, principalmente, à comunidade LGBTQIA+", comenta o paulista, acrescentando sobre a influência da artista em sua vida.
"Quando eu era adolescente e ainda buscando informações sobre questões que eu tentava lidar, eu via na Madonna uma amiga que tocava em assuntos que eu queria e ainda não sabia exatamente com quem eu poderia falar", revela.
'Ela é a liberdade'
O pioneirismo destacado por Tico é aprofundado por Horacio Brandão, que completa 53 anos na segunda-feira (6), e acompanha Madonna há mais de três décadas. Comunicador e profissional do entretenimento, Horacio presidiu um fã-clube nos anos 1980, a assistiu 24 vezes e até trabalhou no show da cantora em 2008, no Rio.
"A Madonna influenciou a nossa sexualidade ao falar para a mulher que ela pode ter filhos sem precisar de um homem, ao falar que você pode ser católico, mas não precisa se sentir culpado por ter uma sexualidade exacerbada. Ela faz com que um menino que a vida inteira foi tido como doente por ser gay fique empoderado. Ela é liberdade. É disruptiva", analisa.
Segundo Horacio, a artista moldou sua vida. "Ela me deu o meu primeiro emprego na mídia. Meus únicos trabalhos foram por causa dela. Ela fez a minha vida", conta ele. "Se eu sei inglês, se conheço fotografia e moda, se eu insisto pelos meus ideais, se não aceito um não de cara, se sei dar entrevista é porque existe uma Madonna na minha vida. Não é uma característica de uma santa, pois está viva, mas é uma materializadora. Quem conecta com a energia dela, quem devota esse amor e paixão tem benefícios. Eu vivi isso".
O comunicador começou a acompanhar a cantora aos 12 anos, quando ouviu a música "Everybody" na trilha sonora da novela "Final Feliz". "Escutei quase o dia todo e fiquei vidrado naquela mulher. Então, comecei a caçar qualquer coisa que tivesse sobre ela, até na lixeira do prédio eu fui", recorda Brandão, que logo começou a se corresponder com outros fãs no Brasil e organizou os primeiros encontros no Rio.
Horacio diz ainda que ficou impressionado com a decisão de o ídolo se apresentar em um cartão postal do Rio. "Eu nunca imaginei que ela fosse traduzir esse show para a praia, mas ela é a 'material grill'. E a qualidade brasileiro como fã é única no planeta inteiro. Ninguém é público como o brasileiro é", opina ele, lembrando das relação da artista com o país. "Ela já cantou com camisa do Flamengo, já subiu o morro, namorou um carioca chamado Jesus, cantou com o Caetano Veloso... Existe uma declaração de amor ao Brasil".
Números
O espetáculo da artista feminina que mais vendeu discos em todos os tempos será realizado em um palco com dimensões dignas da sua importância. O espaço, em frente ao Copacabana Palace, tem o dobro do tamanho dos outros usados na turnê mundial: 812 metros quadrados, com 24 metros de frente, e pé direito de 18 metros até o teto.
Além disso, a cantora conta com três passarelas por onde vai andar e dançar durante a apresentação. A central tem 22 metros de extensão e as laterais 20 metros cada. Importante reforçar que essa estrutura foi construída com 2,40 metros de altura do chão, permitindo a visão do público que estiver na praia. Haverá ainda uma plataforma acessível para pessoas com deficiência e distribuição gratuita de água.
O pioneirismo destacado por Tico é aprofundado por Horacio Brandão, que completa 53 anos na segunda-feira (6), e acompanha Madonna há mais de três décadas. Comunicador e profissional do entretenimento, Horacio presidiu um fã-clube nos anos 1980, a assistiu 24 vezes e até trabalhou no show da cantora em 2008, no Rio.
"A Madonna influenciou a nossa sexualidade ao falar para a mulher que ela pode ter filhos sem precisar de um homem, ao falar que você pode ser católico, mas não precisa se sentir culpado por ter uma sexualidade exacerbada. Ela faz com que um menino que a vida inteira foi tido como doente por ser gay fique empoderado. Ela é liberdade. É disruptiva", analisa.
Segundo Horacio, a artista moldou sua vida. "Ela me deu o meu primeiro emprego na mídia. Meus únicos trabalhos foram por causa dela. Ela fez a minha vida", conta ele. "Se eu sei inglês, se conheço fotografia e moda, se eu insisto pelos meus ideais, se não aceito um não de cara, se sei dar entrevista é porque existe uma Madonna na minha vida. Não é uma característica de uma santa, pois está viva, mas é uma materializadora. Quem conecta com a energia dela, quem devota esse amor e paixão tem benefícios. Eu vivi isso".
O comunicador começou a acompanhar a cantora aos 12 anos, quando ouviu a música "Everybody" na trilha sonora da novela "Final Feliz". "Escutei quase o dia todo e fiquei vidrado naquela mulher. Então, comecei a caçar qualquer coisa que tivesse sobre ela, até na lixeira do prédio eu fui", recorda Brandão, que logo começou a se corresponder com outros fãs no Brasil e organizou os primeiros encontros no Rio.
Horacio diz ainda que ficou impressionado com a decisão de o ídolo se apresentar em um cartão postal do Rio. "Eu nunca imaginei que ela fosse traduzir esse show para a praia, mas ela é a 'material grill'. E a qualidade brasileiro como fã é única no planeta inteiro. Ninguém é público como o brasileiro é", opina ele, lembrando das relação da artista com o país. "Ela já cantou com camisa do Flamengo, já subiu o morro, namorou um carioca chamado Jesus, cantou com o Caetano Veloso... Existe uma declaração de amor ao Brasil".
Números
O espetáculo da artista feminina que mais vendeu discos em todos os tempos será realizado em um palco com dimensões dignas da sua importância. O espaço, em frente ao Copacabana Palace, tem o dobro do tamanho dos outros usados na turnê mundial: 812 metros quadrados, com 24 metros de frente, e pé direito de 18 metros até o teto.
Além disso, a cantora conta com três passarelas por onde vai andar e dançar durante a apresentação. A central tem 22 metros de extensão e as laterais 20 metros cada. Importante reforçar que essa estrutura foi construída com 2,40 metros de altura do chão, permitindo a visão do público que estiver na praia. Haverá ainda uma plataforma acessível para pessoas com deficiência e distribuição gratuita de água.
A apresentação contará com a participação de quatro dos seis filhos da cantora, incluindo Mercy James, que apareceu no palco durante os testes realizados na última quinta-feira (2). A passagem de som, aliás, levantou rumores sobre a participação da Pabllo Vittar e de ritmistas das escolas de samba. A norte-americana, que cobria o rosto com uma máscara, ensaiou ao lado dos músicos brasileiros uma versão da canção "Music" em samba. Na ocasião, também foram exibidas imagens com os rostos de Abdias do Nascimento, Daniela Mercury, Elza Soares e Abdias do Nascimento.
O show gratuito está previsto para começar às 21h45 e terminar às 23h45. Após a apresentação, o DJ Pedro Sampaio comandará a festa. Para quem não conseguir assistir de perto, haverá transmissão ao vivo pela televisão. Já para aqueles que vão seguir para Copacabana, o indicado é usar transporte público, que haverá esquema especial.
O show gratuito está previsto para começar às 21h45 e terminar às 23h45. Após a apresentação, o DJ Pedro Sampaio comandará a festa. Para quem não conseguir assistir de perto, haverá transmissão ao vivo pela televisão. Já para aqueles que vão seguir para Copacabana, o indicado é usar transporte público, que haverá esquema especial.
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