Agrado a Logun-Edé deixado na concentraçãoRachel Siston/Agência O Dia
Além de um cesto com diversos alimentos, flores brancas também foram deixadas como oferenda para o orixá no ritual. A 1ª porta-bandeira da escola, Lucinha Nobre, fez questão de deixar seu agradecimento a Logun-Edé.
"A gente trouxe um agrado para Logun-Edé e a gente fez tudo com as pessoas que ajudaram a o (carnavalesco) Edson (Pereira) a desenvolver esse Carnaval, e aí a gente tem as missões a serem cumpridas, as tarefas, essa era a última delas e foi cumprida com louvor", explicou Lucinha.
Lucinha Nobre deixa oferenda para Logun-Edé na concentração
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Integrantes da Comissão de Frente, Diego Cruz, de 40 anos, e Carlos Alberto, 32, também revelaram terem pedido permissão e proteção para retratar a história do orixá no Sambódromo.
"Nós sempre fazemos um agradecimento, é sempre bom para abrir os caminhos e, antes de tudo, pedir permissão. É muito importante pedir permissão para utilizar a imagem deles e para que a energia deles esteja com a gente", contou Diego, que retorna a Unidos da Tijuca após dez anos. Ele não revelou quem vai representar na encenação da Comissão de Frente, já que será o elemento surpresa.
Já Carlos será Oxalá e falou sobre a expectativa para sua estreia na agremiação. "Minha expectativa está lá em cima, não só por representar Oxalá, mas como os colegas como Logun-Edé e outros personagens. A gente pede a permissão, a ajuda e que a energia deles esteja com a gente, para que além de representar, a gente traga uma história e lembranças deles e nos ajude a trazer os 40 pontos para casa", declarou Carlos.
Carlos fazendo dança de Oxalá que será apresentada na CF.
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Escola exalta ancestralidade
A agremiação do Morro do Borel, na Tijuca, Zona Norte, vai cruzar a passarela do samba com o enredo Logun-Edé: Santo Menino Que Velho Respeita, contando o destino do homenageado. Para isso, vai trazer o Ifá, tabuleiro de búzios, junto à sedução de Oxum, mãe do "orixá menino", e Oxóssi, seu pai. A escola garante um desfile grandioso, repleto de surpresas e de tecnologia, para cravar o retorno no sábado das campeãs.
"A escola vem bonita, estou muito feliz, muito emocionada, é um dia muito bonito, vamos saudar Logun-Edé. Acho que o papel da escola de samba é esse, se encontrar, se descobrir, falar da sua ancestralidade, da sua africanidade, da sua negritude. Estou muito feliz por fazer parte disso, na minha escola que tanto me acolheu, me abraçou e que faz meu coração pulsar mais forte. Essa é a força de Logun-Edé. Axé!", declarou Lucinha Nobre.
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