Gabi Luthai - Divulgação
Gabi LuthaiDivulgação
Por RICARDO SCHOTT

Rio - Gabi Luthai transformou em música um problema sério que viveu recentemente. 'Respire Fundo', novo single da cantora, gravado ao lado do duo Mar Aberto, fala sobre superação e busca dem novos caminhos ("se a vida te convida para dançar um ritmo descontrolado e injusto/respire fundo/deixe o seu coração de janela aberta/deixa ser/desperta"). A música surgiu de um período em que tanto ela quanto seu novo, Teófilo Teló — irmão e empresário de Michel Teló — precisaram lidar com a depressão.

No clipe da faixa, aparecem imagens que mostram um mundo em que as pessoas se conectam mais pelas redes digitais do que pessoalmente. Não que ela associe o uso de redes sociais à doença.

"Meu noivo nem usa redes. De maneira geral, a tecnologia vem para somar, para a gente conseguir se comunicar com pessoas que estão distantes. Amo estar conectada com um monte de gente, conheci minha melhor amiga no YouTube", conta ela, que começou a carreira musical subindo vídeos na rede. "Mas há pessoas que estão muito conectadas no mundo e desconectadas de si mesmas. Há momentos em que a gente está muito no automático e a vida perde o sentido".

Com 26 anos, a mineira de Araxá diz que boa parte da sua maturidade veio da terapia, que faz há três anos. "Não é porque eu acho gostoso ir toda semana, porque tem dias em que é chato tocar em certos temas. Eu prefiro fazer massagem", brinca. "Mas é necessário e é um processo iluminador, clareia o que é importante. A gente consegue ser um pouco menos ansioso com coisas que não são prioridades".

A mensagem da música nova, conta ela, já chegou a alguns fãs. "Já teve fã que me falou que eu ajudei a sair da depressão, ou que minha voz leva para outro lugar. Infelizmente, não se fala tanto sobre saúde mental ou sobre depressão", conta.

Faculdade

Gabi chegou a fazer Engenharia antes de optar por virar cantora de vez, mas largou o curso. Na época, já postava vídeos fazendo versões de músicas no YouTube. "Eu já tinha o canal e fazia aulas de canto", recorda ela, que começou a fazer vídeos em 2010 e até perceber que as coisas estavam dando certo, demorou três anos.

"O que conta para qualquer pessoa que esteja montando um canal no YouTube é ser autêntico, mesmo que a pessoa vá fazer uma coisa que todo mundo está fazendo. Se ela fizer com autenticidade, tem grandes chances de ela se destacar. E tem que ter persistência e frequência. Se você é criador de conteúdo, tem que ter conteúdo para seu público", afirma.

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