A rainha e seus súditos mais amados: o marido e parceiro musical Roberto de Carvalho e os filhos João, Beto e AntonioALE FRATA/CÓDIGO19/ESTADÃO CONTEÚDO

Rio - A memória de Rita Lee segue viva mesmo após a morte da cantora aos 75 anos, vítima de câncer no pulmão. Neste domingo, em que se comemora o Dia das Mães, os filhos da artista usaram as redes sociais para homenagear a matriarca. Frutos do casamento com Roberto de Carvalho, Beto, João e Antônio Lee resgataram momentos preciosos que viveram com a Rainha do Rock brasileiro.
"Atravessando o universo, no infinito do espaço e do tempo, eu vou te ver de novo", escreveu o primogênito Beto, de 46 anos, na legenda de uma foto de sua infância, em que posa abraçado com a mãe. Enquanto isso, João, de 44, relembrou a convivência diária com Rita em seus últimos meses de vida: "Faz pouco mais de dois anos que tomei uma das decisões mais importantes da minha vida. Quando minha mãe descobriu um tumor no pulmão, eu decidi voltar a morar com meus pais. Não pensei duas vezes. Queria colaborar e fazer tudo que fosse possível e necessário para ajudar minha mãe em sua recuperação", contou o produtor musical.
Na sequência, ele destacou a lembrança das noites que colocou a mãe para dormir: "A dinâmica era sempre a mesma: todos íamos juntos para o quarto dela, esperávamos enquanto ela colocava pijama, escovava os dentes, tomava seus remédios e deitava na cama. Meus pais então faziam uma oração e no final eu ficava sozinha com ela no quarto, deitados na cama e olhando para o teto todo cheio de estrelinhas que brilham no escuro. Conversávamos até que ela pegasse no sono. Só então eu me levantava, dava a volta na cama, dava um beijinho na sua testa e falava bem baixinho no seu ouvido: 'boa noite, te amo, mãe'. Perdi a conta de quantas vezes falei que a amava nesses últimos anos. Continuei falando até seu último suspiro. Queria poder falar mais um monte de vezes hoje. Te amo mãe, onde quer que você esteja, para sempre!", completou.
O caçula da família dividiu um relato emocionante sobre o dia que levou o filho, Arthur, para visitar a cantora no hospital. "Eu comentei que a vovó Rita tinha um autógrafo muito legal, com desenho de disco voador e tudo! Ele ficou animado: 'Eu quero um autógrafo da vovó Rita!' E ela, claro, não negou. Coloquei no colo dela um papel e uma caneta. As mãos estavam fracas, o punho já não tinha a mesma flexibilidade de antes. Mas ela se lançou no desafio. Primeiro, fez a dedicatória e a assinatura. Depois, o disco voador, provavelmente seu assunto preferido. Ela sempre se dedicava mais nessa parte. Enquanto terminava o desenho, reclamou que a mão não obedecia como queria. Não satisfeita com o disco, tentou desenhar outro mais para a direita, só para provar a si mesma que conseguia fazer um melhor. Até que desabafou: "a mão não tá indo, saco!", contou Antônio, publicando uma foto do "último autógrafo" deixado por Rita.
"São mais de 50 anos dessa troca entre ídolo e fã. Foram milhares de vezes repetindo esse mesmo gesto. Milhares de folhas de papel espalhadas por aí que marcam um momento em que ela esteve presente. E sem saber que aquela seria a última vez, foi lá e assinou seu nome tão lindo. Dedicado a um grande fã que vai sentir muitas saudades da vovó. Feliz dia das Mães mais dolorido do mundo, Mãezinha", finalizou.
 
 
 
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