Anittareprodução

Rio - O processo movido pela fã idosa de Anitta, Maria Ilza de Azevedo, que afirma ter sido ridicularizada no documentário 'Anitta - Made in Honório', da Netflix, sobre a trajetória da cantora, em 2021, ganhou um novo capítulo.
A Justiça do Rio de Janeiro determinou, no dia 5 de setembro, um prazo de 15 dias para que Anitta apresentasse provas de que as imagens do circuito interno da sua casa teriam sido perdidas em razão do decurso do tempo e sobreposição das gravações, "a fim de que possa ser reavaliada, em contraditório, a viabilidade da produção dessa prova", disse o juiz Josué de Matos Ferreira. A defesa da artista, no entanto, não apresentou as provas até o momento, o que já teria ultrapassado o prazo determinado.
"A Conspiração Filmes apresentou uma petição no dia 6 de outubro. Ainda não há resposta da defesa de Anitta", informou a assessoria do TJ-RJ à reportagem do Dia nesta terça-feira, 17.
Além de Anitta, a Netflix e a Conspiração Filmes também são rés no processo movido por Maria Ilza. As defesas apresentaram o material bruto das filmagens, o que foi considerada uma prova relevante pelo juiz que afirmou ainda que, embora confirmada a autenticidade da assinatura da fã de ceder os direitos de imagens, superando a alegação de falsidade ideológica, ainda existe "as questões do momento em que o documento foi assinado pela autora e se a mesma foi induzida a erro, ou submetida a coação".
O Dia procurou a assessoria de Anitta para saber se existe alguma atualização da defesa da cantora sobre esse caso, mas não obteve retorno até o momento. O processo corre na  2ª Vara Cível de Macaé.
 Fã foi zombada por parentes e vizinhos, afirmam advogados
No processo, os advogados de dona Maria Ilza afirmam que ela estava internada no CTI de um hospital por conta da COVID-19, quando soube que sua imagem estaria sendo veiculada na série documental 'Anitta - Made in Honório' após receber ligações de parentes e vizinhos que, em sua maioria, zombavam de sua aparição no vídeo e alguns, inclusive, teriam questionado sua sanidade mental.
"Autora vira o motivo da indignação e o quadro do qual ela aparece passa a ter grande importância no documentário, dando a entender que sua entrada na casa, devidamente autorizada, foi uma ingrata surpresa - um erro - do qual a Autora aproveitou-se para burlar regras, de forma clandestina, tanto é que esta chega a discutir com seus funcionários. Neste momento a Autora é transformada em uma 'cara de pau' que conseguiu entrar na casa da famosa Anitta, passando a ser achincalhada pelo mundo a fora, tendo em vista que Anitta é uma 'estrela global', afirmou a defesa da idosa no processo.
A fã aparece no quinto episódio do documentário como alguém que teria "invadido" a casa da cantora, já que a mãe de Anitta teria liberado a entrada nela na casa acreditando que se tratava de uma costureira. 
"O que Tia Ilza está fazendo aqui dentro? Estou aqui só vendo tia Ilza sentada. O que aconteceu, do nada?", questiona Anitta nas imagens que apareceram no documentário.
"Estou ali em frente ao Rock in Rio morando com as minhas netas, aí fiz essa blusinha pra você usar um dia que tiver frio", diz a fã.
"Tipo de coisa que acontece na minha vida? De repente eu olho tem uma fã sentada no meu sofá. Quem chamou? Por que?", questionou Anitta.
A mãe da cantora, Miriam Macedo, disse que a entrada dela foi liberada porque na portaria falaram que ela estava com uma roupa para entregar e pensaram que era algum figurino para show. "Até estranhei. Mandei ela entrar, tudo mais. Tudo bem que era uma pessoa tranquila, era uma fã que ela já conhecia dos shows, o problema é que foi uma surpresa, uma invasão, aí ela se sentiu um pouco abalada", disse a mãe de Anitta.
A cantora ficou visivelmente irritada e ironizou a situação. "Entrou aqui no meu condomínio, minha mãe manda você para dentro, toma café, dorme", disse ela na época.