Anitta é capa da Vogue ArábiaReprodução/Vogue
Anitta diz que mulheres precisam trabalhar '20 vezes mais' para terem sucesso
Em entrevista à 'Vogue Arábia', cantora falou sobre a decisão de levar sua música para o mundo
Rio - Anitta, 30 anos, é capa da edição de dezembro da revista "Vogue Arábia" e falou sobre sua carreira internacional, desejo de virar atriz e também sobre as dificuldades que as mulheres enfrentam para conquistar seu espaço na carreira artística.
"Gosto de trazer liberdade. Acredito que para as mulheres tudo é mais difícil, porque não somos livres para fazer o que quisermos como os homens são. E para mim, acho que para as mulheres terem sucesso temos que trabalhar 20 vezes mais e há um milhão de vezes mais expectativas.", opinou.
A carioca, de Honório Gurgel, ainda comentou sobre o desejo que teve de tornar o funk mundialmente conhecido.
"Sempre foi meu sonho tornar o Brasil reconhecível novamente. Há muito tempo o Brasil estava sob os holofotes com a bossa nova e muitas outras coisas; e teve um grande momento com Carmen Miranda. Mas durante muito tempo nada aconteceu ao país em termos de música. Então, comecei a estudar e ver possibilidades de trazer isso [a atenção internacional] de volta."
Anitta interpreta Jéssica na série "Elite", da Netflix, e admite que gostou da experiência de atuar. “Eu assinei para fazer um filme. As pessoas estão me convidando para agir agora e esse é meu segundo sonho. Depois de realizar muitas coisas que sonhei na música, acho que ser ator é meu objetivo. Elite foi uma experiência incrível e agora estou trabalhando no meu próximo projeto”, diz.
'Quis criar um personalidade que não tivesse medo de nada'
Na entrevista, a cantora ainda explica a origem de seu nome artístico e conta o quanto a personalidade dela e de Larissa, seu nome de batismo, são diferentes.
“Nem sempre fui essa pessoa. Depois da minha experiência de ser abusada [pelo meu namorado na adolescência], quis criar essa personalidade que não tivesse medo de nada. Porque sempre nos culpamos quando essas coisas acontecem, mesmo que não devêssemos fazer isso. Então, construí essa personalidade que não temia nada. Deveríamos ser livres para dizer o que pensamos. Não gosto da sensação de alguém me silenciando. Prefiro errar e pensar, sim, também cometo erros, não sei tudo.”, explica.
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