Giovanna Ewbank, Bruno Gagliasso e os filhos Reprodução / Instagram
Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso celebram vitória na justiça por racismo aos filhos em Portugal
'Primeira vez que a lei portuguesa condena uma pessoa em consequência do racismo', comemoraram os artistas
Rio - Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso comemoraram uma decisão histórica: o Tribunal de Almada, em Portugal, condenou Adélia Barros, de 59 anos, a oito meses de prisão por racismo contra os filhos do casal, Titi e Bless. O caso ocorreu em julho de 2022, durante as férias da família na Costa da Caparica. Adélia, além de proferir ofensas racistas às crianças, também dirigiu ataques a uma família de turistas angolanos presente no local.
Embora a pena de prisão não seja cumprida em regime fechado, a condenação impõe que Adélia não reincida no crime pelos próximos quatro anos. A mulher também foi condenada a pagar uma indenização de 14 mil euros, equivalente a mais de R$ 85 mil, por danos morais ao casal, e 2.500 euros, cerca de R$ 15 mil, à ONG SOS Racismo.
Por meio de suas redes sociais, Giovanna e Bruno destacaram a importância dessa decisão. "Ha quase tres meses a gente celebrava uma vitoria contra o racismo no Brasil. E, hoje, direto de Salvador, neste mes que nos pede consciencia para que lembremos da heranca escravocrata que herdamos, a gente volta para propagar mais uma vitoria contra o racismo, desta vez em Portugal. Assim como ja dissemos, mas precisamos repetir: sabemos que essa vitoria acontece por termos visibilidade e por sermos brancos. Sabemos que somos mais ouvidos que quaisquer mae ou pai negros que ainda sao silenciados. Sabemos. E nao podemos parar – principalmente se o nosso privilegio fizer diferenca numa luta. E esse o nosso papel, e esse o papel da branquitude", afirmaram.
"Como todos sabem, no dia 30 de julho de 2022 nossos filhos e uma familia de turistas angolanos foram vitimas de racismo quando estavamos de ferias da Costa da Caparica. Sim, o racismo nao da ferias, mas hoje parece dar uma tregua com mais uma condenacao historica. Esta e a primeira vez que a lei portuguesa condena uma pessoa em consequencia do racismo. A mulher que agrediu nossos filhos – que sao criancas – foi condenada a oito meses de prisao. Logo, estamos muito confiantes na Justica Portuguesa e somos tambem gratos aos nossos advogados portugueses Rui Patricio e Catarina Mourao que sempre nos fizeram acreditar que a justica seria feita", disseram.
Por fim, reforçaram a necessidade de continuar combatendo o racismo. "Mais uma vez estamos emocionados, mais uma vez agradecemos a comocao publica e a imprensa brasileira e de nossos amigos portugueses. E mais uma vez devemos dizer que precisamos seguir vigilantes, pois o racismo segue; segue diminuindo, ferindo, matando. E nao podemos esmorecer diante dele".
Essa não é a primeira vitória judicial do casal na luta contra o racismo. Em agosto de 2024, a Justiça brasileira condenou a socialite Dayane Alcântara a oito anos e nove meses de prisão por injúria racial e racismo contra Titi.
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