Pocah e a filha Vitória Giselle Dias / Divulgação

Rio - Ser mãe foi a maior virada de chave na vida de Pocah. Aos 20 anos, a cantora e ex-BBB deu à luz Vitória, hoje com 9, fruto do antigo relacionamento com o funkeiro MC Roba Cena, e precisou amadurecer cedo para conciliar a maternidade com o início da carreira artística, que começava a despontar no cenário musical. 
Criada em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, a artista, atualmente com 30 anos, fala com carinho sobre a relação com a filha, diz como pretende comemorar o Dia das Mães, neste domingo (11), e adianta os planos para o futuro — que incluem o casamento com o empresário Ronan Souza, com quem está noiva há 4 anos, e aumentar a família.
- Pocah, você já disse que a maternidade te salvou. Como você definiria a mulher que existia antes da Vitória e quem você se tornou depois dela?
A mulher antes da Vitória era uma menina. Eu ainda não tinha descoberto a força que existia em mim. O que me deu essa força foi a maternidade mesmo. A Viviane, antes de tudo, era uma menina que ainda não tinha descoberto seus superpoderes.
- Tem vontade de ter mais filhos? Já se imagina grávida novamente?

Já me imagino grávida, mas ainda não sinto que é o momento. Sempre me perguntam isso, e eu sempre respondo: é um sonho que eu tenho, sempre quis ter mais de um filho. Eu sinto que nasci pra ser mãe. Tem mulheres que não nasceram pra isso — e tudo bem, respeito demais — mas eu amo ser mãe. Me vejo com mais uma criança. Não penso em mais do que isso, um está ótimo, mas vai ser lindo. Só quero que seja no tempo certo.
- Se viesse uma nova gravidez, você tem alguma intuição ou desejo quanto ao sexo do bebê?

Não tenho preferência, mas quando engravidei da 'Toya' eu já sentia que era menina, só não tinha coragem de dizer. Sentia que se fosse menino eu estaria traindo meu filho imaginário (risos). Agora, sinto que vem outra menina, mas o Ronan acha que vem um menino. Vamos ver. Vou amar igual. Mamãe ama, mamãe cuida.
- Como é a rotina de vocês quando estão em casa juntas? Tem algum ritual especial de mãe e filha?

A gente ama tomar banho juntas, fazer skincare, lavar o cabelo uma da outra. Temos uma playlist só nossa, com músicas que gostamos de ouvir juntas — tipo Imagine Dragons, Lady Gaga, Kysha e Minnie… ela é bem eclética, igual a mãe (risos). A gente também gosta de desenhar juntas. O Ronan dá um tema, e cada uma desenha sem ver o desenho da outra. É um momento nosso que adoro. Isso acaba criando uma memória afetiva com ela.

- Vitória já mostrou sinais de seguir carreira artística? Que tipo de criação você oferece para equilibrar liberdade, disciplina e sonhos?
Ela dá todos os indícios de que quer ser artista, e sabe que pode contar comigo. Eu sempre digo: 'você pode ser o que quiser, mas enquanto for criança, vai estudar'. Isso é algo que não abro mão. Eu não pude estudar, mas ela vai. Temos uma relação de muita amizade. Quero que ela pense: 'Minha mãe vai me ajudar', e não 'Minha mãe vai me matar'. Aqui em casa é assim.

- Sua mãe, Marines Queiroz, é uma figura muito presente na criação da Vitória. Como é essa relação entre as três gerações? Você se vê reproduzindo as atitudes da sua mãe?
Minha mãe é uma mãezona, uma vózona. Ela tem outros netos também, tem meu irmão e os filhos dele. Sempre foi muito protetora. Se eu for 10% do que ela é, já sou a melhor mãe do mundo. Sinto que eu replico muitas coisas dela, mas que também aprendo com os erros que ela diz que cometeu. Mas são outros tempos, não acho que minha mãe tem culpa de nada, muito pelo contrário, eu sou uma mulher muito forte. Eu me inspirei muito nela, principalmente na questão da independência financeira. Sempre a vi trabalhando, correndo atrás, sustentando a casa — e isso me moldou. Replico muita coisa dela, sim, mas também aprendi com os erros que ela mesma reconhece. São outros tempos, outras condições.
- Como você pretende passar esse Dia das Mães? Tem algum desejo especial?

Esse ano eu já me sinto vitoriosa só de ter minha mãe e minha filha ao meu lado. Quero um dia tranquilo, em casa, com a minha família. Paz é tudo que desejo — para mim e para todas as mães
- Você se tornou mãe jovem, aos 20 anos. Que conselho daria para outras mulheres que vivem essa experiência ainda no início da vida adulta?
Quando a gravidez vem sem planejamento, ainda tão nova, parece que o mundo acabou. A gente acha que fizemos a maior besteira da nossa vida. Pode ser um erro? Pode, mas agora já está feito. Aprendemos com os erros. Ouvi que eu tinha estragado minha carreira, que ia acabar com meu corpo, que era muito bonita pra isso. Parte da minha equipe me abandonou, achando que eu não iria mais querer trabalhar. Eu decidi transformar aquilo na minha maior força. Se você engravidou, use esse amor como combustível. Ame essa criança incondicionalmente e faça disso a sua motivação. Foi o que eu fiz — e deu certo.
- Você está noiva há três anos de Ronan Souza. Como vocês lidam com a pressão pública sobre o casamento?
A pressão existe, toda hora alguém pergunta. Mas sinceramente? Eu já me sinto casada. Sempre sonhei em casar, mas entendi que casamento é muito mais do que uma festa. A gente vive esse amor todos os dias. Não tem cobrança entre a gente. A pressão vem de fora, mas aqui dentro tá tudo certo. Uma hora a gente casa, mas não estamos pensando nisso agora.
- Mesmo sem data para casar, vocês vivem uma relação sólida. Qual o segredo da parceria entre vocês?
Parceria é a base. Clareza e transparência. Isso vale para qualquer tipo de relação — amorosa, amizade, trabalho. No começo eu achava que isso nem existia, mas com o Ronan é tudo muito sincero. Às vezes, ele fala umas coisas e eu fico até chocada com a honestidade (risos). Mas é isso que sustenta nossa relação."
- Como é a relação da Vitória com o Ronan?
São muito amigos. Têm uma conexão de alma. Se ela arranca um dente, é para ele que ela quer mostrar primeiro. Ela quer mostrar que é forte. Eles se amam muito, e eu babo mesmo vendo isso acontecer.


- Você fala abertamente sobre depressão e ansiedade. Como é conciliar os altos e baixos emocionais com a maternidade e uma carreira pública?
Acho que nossa geração está doente — muita gente sofre com isso, seja depressão, ansiedade, pânico. Falar sobre isso ajuda. Não é fácil. Você tá no palco, sorrindo, e por dentro tá um caos. Mas com terapia, autocuidado e muito amor da minha família, eu sigo. E quero que outras mulheres saibam que não estão sozinhas. Tem dias em que me pego querendo me isolar, me fechar no quarto, mas algo mais forte em mim fala mais alto: o amor pelo que faço, pelos meus sonhos e pela minha família. Não posso deixar que a doença me domine. É desafiador, exige acompanhamento, foco e coragem. Sonhar ajuda a seguir. E tudo começa aqui, na cabeça. Se a gente não cuida da mente, nada caminha.
- E por fim, como está sua carreira em 2025? Muitos projetos por vir?

Trabalhando muito! Nas próximas semanas anuncio data pro "Arraiá da Pocah" e provavelmente vem com uma surpresinha. No 'off', estou estudando e me dedicando muito no crescimento da minha marca de bronzeamento artificial, que lancei recentemente. Empreender é algo que sempre fiz, mas hoje tenho mais ciência do lugar que ocupo, das responsabilidades e do meu propósito como empresária.