Ex-BBB Sarah AndradeReprodução / Instagram
"Vamos conversar de política? Sim, eu disse que era de direita e já sabia o que viria depois. 'Direita! Eita! Então ela é contra pobre, homossexual, a favor de arma, de golpe, de chicote, de tudo o que é ruim...'. A internet não tem um meio-termo, né? Ela é drama ou lacre", escreveu ela em uma postagem nas redes sociais.
Sarah explicou que se identificava como centro-direita, mas optou por simplificar ao dizer apenas "direita". "Por que eu disse que era de direita? Porque era mais fácil do que tentar explicar, pela milésima vez, que sou de centro-direita. Há quatro anos, quando tentei explicar que a minha visão era centro-direita, vieram com aquele clássico, 'ah, ela está em cima do muro, querendo agradar a todo mundo. Fala logo quem você apoia'. Apontaram nomes de políticos, como se centro-direita fosse sinônimo de covardia e não de nuances. Ou seja, se você não entra na polarização, te empurram para um dos lados. Agora, para não me acusarem de ser isenta, sim, eu me joguei, e eu sou de direita. Mas a verdade é que eu sou mesmo é cansada!", afirmou.
A ex-BBB criticou a forma como o debate político tem sido conduzido nas redes sociais. "Estou cansada de ver gente discutindo política como se fosse um meme, cansada de rótulo raso, julgamento apressado e de gente que confunde posicionamento político com personagem de novela. Vamos fazer um favor para a internet e explicar o básico? 'Sarah, o que é esquerda?'. A esquerda acredita que o estado deve interferir mais, distribuir renda, oferecer programas sociais e corrigir desigualdades sociais. A direita acredita que o estado deve interferir menos, que o mercado é o principal motor da economia e que o indivíduo tem mais responsabilidades pelas próprias escolhas. E o centro? O centro acredita que nenhuma dessas visões sozinha dá conta de um país e busca um equilíbrio. O centro-direita acredita em liberdade econômica com responsabilidade social. Você pode empreender, investir e crescer, mas o estado também precisa olhar para quem precisa", escreveu.
Sarah reforçou que a intenção não é entrar para o meio político nem transformar seu perfil em um espaço de debate eleitoral. "A grande verdade é que a maior parte das pessoas não faz ideia do que está criticando. Acha que ser de direita é ser automaticamente elitista, machista, homofóbico... E ser de esquerda é ser comunista, à toa, vagabundo... O problema é que virou moda cancelar quem pensa diferente, mesmo que você tenha explicado. Hoje, pela última vez, resolvi explicar. Mas não espere que esse perfil vai virar político porque não vai. Não vou fazer análise de debate eleitoral. Essa é a única e última vez que falo de política por aqui. Para finalizar, queria te pedir uma coisa: se for para te incomodar com o meu posicionamento, que pelo menos seja pelo motivo certo. Ser cancelada por um rótulo que nem você entende, daí já é pedir demais."

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