Moacyr Luz e os componentes do Samba do TrabalhadorDivulgação
As Rodas de Samba nasceram no século XIX, nos quintais repletos de simplicidade, luta e alegria das “tias baianas” da Praça Onze. De acordo com esquisadores e apaixonados pela história do samba, a consolidação das rodas aconteceu na casa de Tia Ciata, lendária santamarense que chegou ao Rio de Janeiro em 1876. Considerado o primeiro samba, “Pelo Telefone”, composição de Mauro de Almeida e Donga, surgiu em uma daquelas batucadas na casa da Matriarca do Samba, em 1916.
Mais de uma centena de anos depois, as Rodas de Samba parecem mais vivas do que nunca e se multiplicam pela Cidade Maravilhosa. Após a Prefeitura do Rio regulamentar as Rodas de Samba em espaços públicos em 2021, a Secretaria Municipal de Cultura já mapeou mais de 140 grupos espalhados por diversas partes da capital.
Entre as rodas de samba mais tradicionais estão o Samba do Trabalhador e a Roda do Cacique de Ramos. “O Samba do Trabalhador completou 18 anos agora em 2023. Acredito que seja um marco importante, a nossa roda é semanal, e o mais impressionante, modestamente falando, é que hoje, 18 anos depois, nós mantemos um público médio de mil pessoas por evento, no mínimo. A gente formou uma geração de novos músicos, a garotada que começou 18 anos atrás, com menos de 20 anos, hoje está atuando não só no Samba do Trabalhador, como também em eventos solos”, disse Moacyr Luz, líder do Samba do Trabalhador.
Como o samba está sempre em movimento, muitos outros grupos surgiram nos últimos anos e conquistaram espaço. Confira as Rodas de Samba que selecionamos, algumas com entrada gratuita.
SAMBA DO CABEÇA BRANCA
O Samba da Cabeça Branca é uma das mais famosas rodas da Zona Oeste. O grupo, que começou reunindo moradores de Padre Miguel e bairros próximos, logo ganhou relevância no cenário carioca. Domingo (20), o grupo recebe Nem do Samba com Pagode da Tia Noca, às 16h, no Centro Cultural Tia Doca. O ingresso
custa R$ 10.
VACA ATOLADA
O Botequim Vaca Atolada existe desde 2009 e é considerado um dos locais mais animados da Lapa. O nome inusitado tem origem no prato que era servido nas rodas promovidas na rua, antes mesmo da existência do bar. Um dos diferenciais do Vaca é que ele promove rodas de terça a sábado, às 18h30, na Avenida Gomes Freire.
PEDETERESA
Desde 2013, a Roda de Samba PedeTeresa reúne apaixonados por samba. O grupo começou no Bairro de Fátima e passou pela Avenida Gomes Freire até se firmar na Praça Tiradentes, onde se apresenta na primeira e na terceira sexta-feira do mês. Hoje (18), a roda começa às 16h.
SAMBA DO TRABALHADOR
Uma das mais famosas rodas de samba do Rio, com quase 20 anos de história, o Samba do Trabalhador se apresenta toda segunda-feira, entre 16h30 e 22h, no Renascença Clube, localizado no Andaraí. O ingresso custa R$ 30.
CACIQUE DE RAMOS
Outra das mais tradicionais e célebres rodas de samba é a do Cacique de Ramos. Domingo (20), às 13h, Carlos Caetano, Dunga, Enzo, Priscila Gouvêa e Hamilton Fofão compõem a roda na quadra do Cacique, em Olaria, com entrada gratuita.
GLORIOSA
Iniciativa do bloco carnavalesco Arteiros da Gloria, do músico Paulão 7 Cordas e do Grupo de Samba da Mesa, a Gloriosa mantém a tradição tocando sambas emblemáticos de nomes como Noel Rosa e Martinho da Vila. Gratuita, a roda de samba acontece todo terceiro domingo do mês, a partir das 15h, na Feira Popular da Glória, na Avenida Augusto Severo.
O SAMBA DELAS É PARA TODO MUNDO
Presentes de forma fundamental na origem das Rodas de Samba, quando suas casas e quintais faziam brotar músicas e talentos, as mulheres foram conquistando cada vez mais espaço no samba. Atualmente, grupos formados apenas por elas reúnem grandes públicos no Rio.
SAMBA DO CABEÇA BRANCA
O Samba da Cabeça Branca é uma das mais famosas rodas da Zona Oeste. O grupo, que começou reunindo moradores de Padre Miguel e bairros próximos, logo ganhou relevância no cenário carioca. Domingo (20), o grupo recebe Nem do Samba com Pagode da Tia Noca, às 16h, no Centro Cultural Tia Doca. O ingresso
custa R$ 10.
VACA ATOLADA
O Botequim Vaca Atolada existe desde 2009 e é considerado um dos locais mais animados da Lapa. O nome inusitado tem origem no prato que era servido nas rodas promovidas na rua, antes mesmo da existência do bar. Um dos diferenciais do Vaca é que ele promove rodas de terça a sábado, às 18h30, na Avenida Gomes Freire.
PEDETERESA
Desde 2013, a Roda de Samba PedeTeresa reúne apaixonados por samba. O grupo começou no Bairro de Fátima e passou pela Avenida Gomes Freire até se firmar na Praça Tiradentes, onde se apresenta na primeira e na terceira sexta-feira do mês. Hoje (18), a roda começa às 16h.
SAMBA DO TRABALHADOR
Uma das mais famosas rodas de samba do Rio, com quase 20 anos de história, o Samba do Trabalhador se apresenta toda segunda-feira, entre 16h30 e 22h, no Renascença Clube, localizado no Andaraí. O ingresso custa R$ 30.
CACIQUE DE RAMOS
Outra das mais tradicionais e célebres rodas de samba é a do Cacique de Ramos. Domingo (20), às 13h, Carlos Caetano, Dunga, Enzo, Priscila Gouvêa e Hamilton Fofão compõem a roda na quadra do Cacique, em Olaria, com entrada gratuita.
GLORIOSA
Iniciativa do bloco carnavalesco Arteiros da Gloria, do músico Paulão 7 Cordas e do Grupo de Samba da Mesa, a Gloriosa mantém a tradição tocando sambas emblemáticos de nomes como Noel Rosa e Martinho da Vila. Gratuita, a roda de samba acontece todo terceiro domingo do mês, a partir das 15h, na Feira Popular da Glória, na Avenida Augusto Severo.
O SAMBA DELAS É PARA TODO MUNDO
Presentes de forma fundamental na origem das Rodas de Samba, quando suas casas e quintais faziam brotar músicas e talentos, as mulheres foram conquistando cada vez mais espaço no samba. Atualmente, grupos formados apenas por elas reúnem grandes públicos no Rio.
O Samba Que Elas Querem é uma dessas rodas em que o talento feminino magnetiza e empolga todos aos redor. A ideia do grupo surgiu a partir de uma conversa na mesa de um bar em 2017, quando a dona disse: “os meninos que fazem samba aqui furaram comigo no domingo”. Silvia Duffrayer, que canta e toca pandeiro, disse que queria comemorar seu aniversário ali e que faria um samba só de mulheres. “No mesmo momento, já veio o nome do projeto e começou a procura por mulheres que quisessem fazer parte”, conta ela.
Outra integrante, Barbara Guimarães disse que as apresentações começaram na rua e destacou a importância de ocupar os espaços públicos. “Considero que uma chave virou em 2019, quando reunimos cerca de 3 mil pessoas na Banca do André (Cinelândia), espaço onde realizamos nossa roda de samba mensal. Daí pra frente considero que O Samba Que Elas Querem se consolidou como uma referência de Roda de Samba na cidade do Rio, acessando espaços tradicionais do samba como A Feira das Yabás, Beco do Rato, Renascença e Quadra da Portela”, disse a violonista.
Presente em diversos eventos, o grupo tem apresentações mensais fixas em dois locais emblemáticos: Beco do Rato, toda última sexta do mês, e Amarelinho, todo segundo sábado. “Nosso público varia de acordo com os lugares em que tocamos, mas o que nunca muda é a forte presença de mulheres nas primeiras fileiras da roda. No nosso público também se faz presente pessoas LGBTQIAP+, negras, mães/pais com suas crias, idades diversas, mas talvez a faixa etária mais frequente seja entre 30 e 50 anos”, disse a flautista Karina Neves.
O Moça Prosa surge em 2012 e é fruto do encontro de mulheres que participavam de uma oficina de percussão feminina na Pedra do Sal, na zona portuária do Rio de Janeiro. o grupo conta com sete integrantes que já se apresentaram em diversos espaços da cidade do Rio.
Outra integrante, Barbara Guimarães disse que as apresentações começaram na rua e destacou a importância de ocupar os espaços públicos. “Considero que uma chave virou em 2019, quando reunimos cerca de 3 mil pessoas na Banca do André (Cinelândia), espaço onde realizamos nossa roda de samba mensal. Daí pra frente considero que O Samba Que Elas Querem se consolidou como uma referência de Roda de Samba na cidade do Rio, acessando espaços tradicionais do samba como A Feira das Yabás, Beco do Rato, Renascença e Quadra da Portela”, disse a violonista.
Presente em diversos eventos, o grupo tem apresentações mensais fixas em dois locais emblemáticos: Beco do Rato, toda última sexta do mês, e Amarelinho, todo segundo sábado. “Nosso público varia de acordo com os lugares em que tocamos, mas o que nunca muda é a forte presença de mulheres nas primeiras fileiras da roda. No nosso público também se faz presente pessoas LGBTQIAP+, negras, mães/pais com suas crias, idades diversas, mas talvez a faixa etária mais frequente seja entre 30 e 50 anos”, disse a flautista Karina Neves.
O Moça Prosa surge em 2012 e é fruto do encontro de mulheres que participavam de uma oficina de percussão feminina na Pedra do Sal, na zona portuária do Rio de Janeiro. o grupo conta com sete integrantes que já se apresentaram em diversos espaços da cidade do Rio.
Fabíola Machado, vocalista do grupo ao lado de Jack Rocha, conta que o processo de inserção no universo das rodas de samba foi de descobertas e
aprendizado, com apoio de muitos sambistas. “Era um princípio nosso não diminuir a condição de mulher e mesmo assim continuar cantando músicas de
nossas referências. Além de mulheres como Clara Nunes, Dona Ivone Lara e Clementina de Jesus, temos muitos homens compositores como referências
no samba”, explica a cantora.
Atualmente, o grupo que também conta com Claudia Coutinho, Ana Priscila, Taina Brito e Dani Andrade, se apresenta gratuitamente todo terceiro sábado do mês, a partir das 18h, em frente ao Largo da Prainha, na Zona Portuária.
aprendizado, com apoio de muitos sambistas. “Era um princípio nosso não diminuir a condição de mulher e mesmo assim continuar cantando músicas de
nossas referências. Além de mulheres como Clara Nunes, Dona Ivone Lara e Clementina de Jesus, temos muitos homens compositores como referências
no samba”, explica a cantora.
Atualmente, o grupo que também conta com Claudia Coutinho, Ana Priscila, Taina Brito e Dani Andrade, se apresenta gratuitamente todo terceiro sábado do mês, a partir das 18h, em frente ao Largo da Prainha, na Zona Portuária.
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