Ana Maria em entrevista ao 'Fantástico' - Reprodução/Globo
Ana Maria em entrevista ao 'Fantástico'Reprodução/Globo
Por O Dia
Rio - A morte do ator Tom Veiga, intérprete do personagem Louro José, completou uma semana neste domingo, data em que foi exibida uma entrevista de Ana Maria Braga para a repórter Renata Ceribelli, do Fantástico, programa dominical da Rede Globo. Ela falou sobre a dor da perda prematura e do legado do artista que eternizou um personagem.
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“Eu fiquei arrasada com a notícia, não queria acreditar. Essa é a primeira reação que você tem, a negação. Você fala: 'isso não está acontecendo, né? Vai ser tudo bem, ele vai chegar em casa aqui amanhã e a gente vai se encontrar'. Eu rio e choro ao mesmo tempo. Sabe quando você ainda não caiu na real? Vai ser um novo recomeço, eu acho. Tão difícil quanto”, desabafou a apresentadora.
Quando perguntada de onde vinha a sua força por ter apresentado o programa e feito uma homenagem ao Tom no dia seguinte de sua morte, Ana disse que se faz a mesma pergunta.
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"Essa pergunta aí que você está dizendo que as pessoas falavam: será que ela vai tá lá, né? Eu no domingo também me fiz essa pergunta várias vezes. E eu fiquei preocupada comigo mesmo. Mas também, o sentimento de respeito pelo meu trabalho, acho, por tudo aquilo que já representou e todos os problemas que eu já passei na minha vida, eu sempre soube que eu tinha essa capacidade de enfrentá-los de verdade. A gente tem que se superar e superar os medos. Eu fiquei arrasada com a notícia. Eu não queria acreditar. Essa é a primeira reação que você tem, é a negação", contou.
Questionada se Louro José permaneceria no ar, feito por outra pessoa, Ana falou que ainda é cedo para responder essa pergunta, pois não depende somente dela, porém foi categórica: “Mas obviamente o Tom é inigualável”.
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Para Ana, Tom e Louro José eram duas pessoas diferentes, e que o personagem será eterno. "Se você pegar os grandes personagens, eles fazem aniversário. O Louro vai ser eterno pra sempre", explicou ao dizer também que sente falta do Tom desde segunda-feira, mas que a ficha ainda não caiu por completo.
Conversa sobre a morte
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Ana revelou que ela e o Tom nunca haviam conversado sobre morte, ainda que falassem de tudo. “Eu nunca conversei com o Tom a respeito de 'ah, e se um de nós morrer?' ou 'o que você acha de ser enterrado assim?' Eu penso em morrer com mais frequência porque me dão uns sustos, né? Agora, ele não. Moleque jovem, moleque que a bem da verdade não cuidava da saúde como deveria. Todos os amigos falavam pra ele: ‘Olha, precisa dormir mais’. ‘Olha, precisa fazer isso menos’. ‘Olha, precisa ir no médico ver essa dor na coluna’. Mas era uma coisa impensável, né?, desabafou.