Série ’Filhas de Eva’ estreia nesta segunda-feira no GloboplayDivulgação / TV Globo
Globoplay celebra Dia Internacional da Mulher com a estreia de 'Filhas de Eva'
Série protagonizada por Renata Sorrah, Giovanna Antonelli e Vanessa Giácomo mostra o cotidiano de três mulheres em diferentes fases da vida
Rio - A série "Filhas de Eva" estreia nesta segunda-feira no Globoplay. E não poderia chegar em uma data melhor, o Dia Internacional da Mulher. A trama tem como protagonistas Stella (Renata Sorrah), Lívia (Giovanna Antonelli) e Cléo (Vanessa Giácomo), mulheres que criam coragem de mudar completamente suas vidas e tomar o rumo de suas histórias.
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Tudo começa em plena comemoração de bodas de ouro de Stella, que resolve pedir o divórcio ao marido. "A minha personagem é uma mulher de 70 anos, que está comemorando 50 anos de casada, está fazendo bodas de ouro e, durante a festa, olhando fotos e vídeos, ela fala 'eu quero o divórcio, eu quero me separar'. Cai uma ficha nela. Não foi uma coisa planejada, mas o casamento já vinha se deteriorando. Ela sai da festa, pega a bolsa sem um tostão e vai começar uma vida nova. Ela vai se repensar e diz 'eu tenho capacidade e quero ser feliz'. Eu acho horrível quando as pessoas falam 'eu sou assim, não vou mudar'. Ela diz 'eu vou mudar'. Com 70 anos, é sensacional. Ela vai aberta para uma nova relação. Ela não separou porque se apaixonou por outra pessoa, mas pode acontecer", diz Renata Sorrah sobre Stella.
Giovanna Antonelli vive Lívia, filha de Stella. Lívia é uma mulher realizada profissionalmente, mas cheia de problemas em seu casamento. "Eu faço a Lívia. Ela é uma mulher bem sucedida profissionalmente, é psicóloga de casais e tem uma vida a dois. Ela consegue resolver o problema dos outros, mas não consegue resolver a vida dela. É cheia de amarras emocionais. Criou um castelo no relacionamento dela e vive de ilusão dentro desse casamento, até porque ela é influenciada pelo casamento dos pais, que são casados há 50 anos", explica a atriz.
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"Então ela vê um padrão familiar que ela endeusa, segue, gostaria de viver. Só que a realidade da relação dela não é essa. Ela tem uma filha adolescente, que traz esse olhar do jovem livre de hoje, mas que ela (Lívia) tenta enquadrar em um padrão. A Lívia é cheia de padrões e a filha vem pra libertar essa mãe, quando ela vai começar a se transformar. O bacana é que todos os personagens da série, não só as mulheres, os homens também, todo mundo passa por uma transformação. Essa é uma mensagem que me atrai muito porque eu acho que a gente é feito de transformações. A gente tem que ser elástico para sobreviver", completa.
E Vanessa Giácomo vive Cléo, que é o completo oposto de Lívia. "Eu acho que das três, a Cleo é a personagem mais perdida. É uma personagem que ainda está se encontrando ali na série e vai levando tombos, errando, acertando. Mas ela vai levando isso com muito bom humor e vai aprendendo também. É uma personagem muito humanizada, então ela erra, ela tem problemas sérios em relação à mãe, a achar que ela precisa de alguém para ser feliz", explica a atriz.
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A série retrata a amizade entre as mulheres e reforça o sentimento de sororidade. "Por que de repente a minha personagem começa a ter força? Não é de repente! É porque existem vozes femininas atualmente ativas, que falam coisas e que ecoam e que chegaram até ela. Se fosse há 30 anos, ela teria continuado nesse casamento. Eu acho. Mas hoje em dia, chegaram até ela vozes livres, vozes de mulheres que estão procurando. Nós estamos nos repensando o tempo inteiro. Apesar do feminicídio, apesar disso tudo, mas a gente está andando, conquistando lugares, nós mulheres. Temos a sororidade, que antigamente não tinha. Isso é um sentimento entre as mulheres que as três personagens têm, junto também com a neta. Uma dá a mão para a outra e diz: 'vamos'. Antigamente, as mulheres competiam entre si. Hoje não. A gente sabe que a gente só é forte se a gente der as mãos umas às outras. É a tal da sororidade", analisa Renata Sorrah.
A trama também aborda a questão da invisibilidade da mulher, a falta de reconhecimento de seus maridos, que só dão valor quando as perdem. "Existe uma parte dos homens que estão pensando e repensando sobre isso. Se revendo. Criando uma relação diferente com as mulheres. Mas também existe uma parte imensa em que a mulher continua sendo invisível, que só quando perde é que dá valor. Eu sempre achei que a mulher é tão mais generosa que o homem. O homem pode ficar careca, gordíssimo, que a mulher diz 'ah, eu amo os carecas'. Estou falando de uma relação que já é péssima, quando fica assim... Mas eu acho que a gente vai caminhar, sim. Todas as nossas conquistas como mulheres, isso está vazando pros homens", diz Renata.
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