Selton Mello e Danton Mello em 'Sessão de Terapia'Reprodução

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Juliana Pimenta
Rio - É hora de procurar ajuda! E na nova temporada de 'Sessão de Terapia', os personagens ensinam, mais uma vez, sobre a importância de estabelecer conexões e se entregar. Diretor e protagonista da série, Selton Mello adianta os principais temas abordados na nova fase da produção. 
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"O dilema principal do Caio, que costura toda essa temporada, é o surgimento do irmão de um outro casamento. Ele passa a temporada inteira sendo estimulado pela irmã (Bruna Chiaradia) a encontrar Miguel, esse irmão. A mãe do Caio casou de novo, teve um outro filho de um outro casamento e eles deviam se conhecer. Ele passa a temporada inteira sofrendo com esse possível encontro, negando esse encontro", explica Selton.
E o tal irmão, por sinal, é vivido por Danton Mello, irmão de Selton. O trabalho, por incrível que pareça, é o primeiro encontro entre os dois na TV. "Contracenar com meu irmão é uma emoção gigantesca porque somos atores desde criança, fazemos isso a vida inteira, fizemos um curta-metragem, trabalhamos juntos no teatro e na televisão, nunca. Como é possível isso? Como é que nenhum diretor, nenhum autor teve a ideia de falar assim 'Nossa, são dois irmãos atores, vamos colocá-los juntos fazendo irmãos'? Ninguém fez isso, pois que ótimo porque quem fez fui eu (risos). É uma mistura emocional muito grande porque é um encontro dos irmãos Caio e Miguel, mas também, para o público, é um encontro dos irmãos Selton e Danton. Para mim e para o Danton, foi um momento inesquecível, muito forte, muito poderoso e muito lindo", revela o diretor.

Troca de respeito

Outra participação que marca a 5ª temporada de 'Sessão de Terapia' é a chegada de Rodrigo Santoro. No papel de Davi, o terapeuta do terapeuta, Rodrigo tem um dos principais embates com Caio. Selton comemora a troca profissional com o amigo. "O Santoro é um irmão que eu tenho na vida, uma das poucas pessoas com quem eu converso sobre tudo. A gente se identifica muito em muitos aspectos da vida e da arte. A gente não trabalhava junto há quase 30 anos, fizemos uma novela juntos em 93 que se chamava 'Olho no Olho'. A gente estava bem garoto e nunca perdemos o elo que nos unia, a afeição, a torcida mútua. Ele construiu uma história muito linda lá fora com muita batalha e eu admiro demais isso, assim como ele me disse que fica comovido de ver a minha transformação de ator para diretor, esse leque que eu abri para me expressar de outras formas. Reencontrar o Santoro agora, mais maduro, tendo esse afeto que sempre nos uniu foi muito emocionante, sobretudo porque ele faz um personagem que é fundamental: o terapeuta do terapeuta. A posição do Davi é a poltrona suprema porque é o cara que cuida do protagonista e também está se curando porque ele também tem seus mistérios que vamos descobrir ao longo da temporada. Então fazer isso com o Santoro, que é um amigo, um cara que eu amo, foi lindo", se derrete o ator, que também faz referência às outras adições luxuosas no elenco da série.

"Essa é a parte mais prazerosa para mim, a parte onde eu encontro os intérpretes ideais para dar vida e emprestar a sua sensibilidade aos personagens. Eu sou muito grato a todos eles, eu sou um ator antes de ser diretor. Então eu sou um diretor colega, eu sou um diretor que entende as dificuldades de ser um ator, eu sou muito parceiro deles. Foi lindo contar com esse time tão vasto de escolas tão diferentes, de experiências tão distintas, cada um com sua história e bagagem como artista e como pessoa. Eu tenho um quarteto fantástico que é a Letícia Colin, que é uma gênia, uma das maiores atrizes da sua geração sem dúvida alguma; o Christian Malheiros, que é um menino iluminado, a Miwa, que é uma atriz muito poderosa que vem do teatro; a Luana Xavier, que é uma grande atriz e faltava um espaço grande para ela brilhar", comemora.