Bárbara Paz vive a vilã Úrsula em ’Além da Ilusão’Fabio Rocha / TV Globo
“Ela é muito focada no que quer, tem muitos lados. Todo mundo tem um pouco de vilania porque todo mundo tem vários lados, e é isso que ela está fazendo. Ela é uma vilã no ponto de vista de muita gente, mas tem quase um humor. É uma personagem gostosa de fazer”, garante a atriz.
A atriz também fala sobre importância dos temas discutidos pela autora, Alessandra Poggi, em "Além da Ilusão", como infanticídio, reforma agrária, direitos trabalhistas, violência doméstica. "Eu acho que a gente tem que rever por onde a gente (sociedade) começou. Ver os anos 40, como foi essa libertação da mulher, como que era viver isso… É bom a gente estar discutindo de uma forma leve, apesar de ter temas pesados, mas discutir algo que é a história do nosso país."
Bicho da atuação
Voltar aos estúdios após quatro anos foi "estranho", mas, apesar da modéstia, Bárbara Paz tirou de letra. "Estou muito feliz de estar de volta. Foram quatro anos longe e no começo foi meio estranho voltar, achei que não sabia mais fazer (novela). A gente fica longe e aí vem uma confusão mental. Mas é um prazer. A gente é mordido pelo bicho (da atuação) e vai embora”, diz a atriz sobre o tempo em que passou afastada dos folhetins. Antes de "Além da Ilusão", o último papel de Bárbara foi a personagem Jô, de "O Outro Lado do Paraíso", em 2017.
"Os figurinos são lindos, a caracterização é maravilhosa. Quando eu me vesti pela primeira vez, eu pensei: ‘me identifico muito com os figurinos dos anos 40, 50’. Pra mim já é um conforto vestir essa roupa. Está me caindo bem, estou gostando muito de fazer. Estou experimentando outras coisas, somos várias, somos uma imensidão, vivem em nós inúmeras. Então, estou buscando mais uma aqui dentro", reflete.
Pandemia uniu elenco
“(A pandemia) Não interferiu porque a gente tem que fazer do mesmo jeito. É uma readequação e um novo modo de fazer, tem que colocar no ar e nós somos as peças que têm que ajudar isso a acontecer. É um time, todo mundo tem que estar junto. A gente perde ali e ganha aqui. Pelo contrário, a gente ficou mais junto. A gente se uniu mais, conversou mais. Talvez em outro momento, não conversaríamos certas coisas. A gente foi obrigado a conversar, foi obrigado a se juntar”.
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