Neném voltará ao time titular do Flamengo em ’Quanto Mais Vida, Melhor’. As cenas vão ao ar a partir de segunda-feiraJoão Cotta / TV Globo

Rio - Uma vez Flamengo, sempre Flamengo! Que o diga Neném, personagem de Vladimir Brichta na novela "Quanto Mais Vida, Melhor", da TV Globo. No episódio que vai ao ar hoje, o ex-craque finalmente assinará um contrato com o rubro-negro. E, depois de uma passagem de tempo, em cenas previstas para ir ao ar a partir da próxima segunda-feira, Neném voltará a ser titular do Mengão em um jogo no Maracanã, com direito a narração de ninguém menos que Galvão Bueno. Este será o reencontro do jogador com sua torcida, colocando um ponto final nas especulações de que sua carreira estaria acabada. 
As cenas que vão ao ar na próxima semana foram gravadas no Maracanã, nos bastidores de uma partida entre Flamengo e Corinthians, em novembro do ano passado. "Havia uma expectativa grande de que o Neném voltasse a jogar pelo Flamengo, isso é contado o tempo inteiro. Foi o time que o revelou e a história inteira é para que ele retorne ao time. Foi muito legal de fazer. Particularmente, gravar no Maracanã foi muito difícil porque, hoje em dia, as coisas estão muito mais rigorosas. Você não pode entrar em campo antes do jogo acontecer...", relembra Vladimir Brichta sobre as gravações. 
Mas o ator conta que ainda assim os torcedores que estavam no estádio colaboraram muito com a novela. "O pouco que conseguimos gravar no Maracanã, que não foi em campo, mas na beira dele, antes do jogo, quando a torcida estava começando a chegar... Chegamos a fazer uma cena em que eu estaria comemorando um gol, precisava correr e comemorar com o público, então pedimos às pessoas que estavam lá que gritassem como se fosse um gol, gritassem ‘Neném’, e eles entraram na onda, todo mundo participou. O carinho e entusiasmo do público com uma novela que ainda não tinha estreado (a cena foi feita no ano passado) foi a coisa mais bacana de ter gravado esse retorno ao Flamengo", diz o ator, que sempre foi apaixonado por futebol. 
"Joguei muita bola durante a minha vida, jogava na rua. Era aquele fominha mesmo, de baba [pelada], como a gente fala na Bahia. Sempre gostei muito de futebol. E Copa do Mundo então... campeonato sempre acompanhei, mas Copa do Mundo sempre foi um sonho pra mim, um desejo de assistir. Até que eu tive a oportunidade de ir na Copa da África e assisti a alguns jogos do Brasil e de outras seleções. Hoje eu sou capaz de chegar a assistir à Copa do Mundo sem saber a escalação completa, todos os jogadores selecionados. Mas, pela campanha das eliminatórias que o Brasil vem fazendo, pelos resultados que temos conseguido, é possível que ganhe (a Copa). Eu não acredito que o Brasil chegue como favorito pelo peso da camisa, mas pelos bons resultados que o Brasil tem tido, e seus jogadores, individualmente, em seus clubes têm tido. É uma safra muito talentosa, mesmo que não sejam os destaques dos seus clubes, fazem parte dos grandes. Acho que tem chance e vou torcer para ganhar, lógico".
Mas, apesar de amar o esporte, Vladimir aposentou as chuteiras. "Quando vim morar no Rio de Janeiro, eu mantinha com meus amigos um futebol duas vezes na semana, com amigos baianos que vieram pro Rio e com outros amigos cariocas. Teve um momento que eu parei, isso há uns dez anos, porque a coluna começou a doer e o futebol deixou de ser um esporte que eu praticasse e passou a ser um esporte que eu só assisto, torço e tudo. Mas o que eu percebi, o que mudou ao voltar a jogar futebol, fazer aulas e tudo mais, é como o tempo é cruel pro jogador de futebol, especialmente pra quem não pratica com frequência", brinca, aos risos, o ator de 46 anos, que torce para o Bahia. 
Gravações com a filha
Em "Quanto Mais Vida, Melhor", Vladimir Brichta atua ao lado de sua filha, Agnes Brichta. A jovem de 25 anos interpreta Tina e bate um bolão ao lado do pai em cena. Mas só nas telinhas mesmo. Vladimir revela que chegou a treinar com a Agnes antes da estreia, mas que os dois não têm o costume de praticarem esportes juntos. 
"Quando ela foi selecionada, nós passamos a jogar um pouquinho, até dava a ela um treino de habilidade e condução de bola, ensinava o básico sobre como chutar, como matar no peito, correr, algumas noções básicas que eu tinha. Teve esse breve momento de batermos uma bolinha juntos, mas não temos esse hábito", diz o ator, que também é pai de Vicente, de 15 anos.
"Na verdade, eu não tenho esse hábito de praticar esporte com filho nenhum, e é uma coisa que eu sempre pratiquei muito. Eu surfo desde muito novo, é um esporte que eu pratico ainda; tentei fazer com que eles jogassem bola, surfassem, mas isso não aconteceu. Chegou uma época em que meus filhos faziam aula de tênis e eu cheguei a fazer aula também para poder jogar com eles, mas depois todos desistiram, inclusive eu. O bate-bola que eu tive com a Agnes foi em cena e não nos gramados", afirma.