Murilo Rosa é o apresentador do novo reality ’A Ponte: The Brigde Brasil’Ricardo Carvalho/Divulgação

Rio - Com um formato inédito no Brasil, o reality show "A Ponte: The Bridge", que estreou na última quinta-feira no HBO Max, promete surpreender os fãs deste tipo de programa. Isolados no meio da Mata Atlântica, os participantes têm como missão usar bambus para construir uma ponte de 250 metros até uma ilha, onde eles vão encontrar o prêmio final de R$ 500 mil.

Com a apresentação do ator Murilo Rosa, o reality conta com 14 confinados, escolhidos de forma minuciosa para que o elenco fosse diverso e representativo, e dentro dessa lógica, que reunisse anônimos e celebridades. Nomes como a cantora Pepita, o cantor Badauí, o ator Fábio Beltrão, a modelo Suyane Moreira, a atriz e cantora Polly Marinho e a atriz Danielle Winits participam dessa experiência.
Murilo Rosa conta que aceitou na mesma hora o convite para apresentar o programa e ficou muito empolgado desde o primeiro momento. “É um reality com uma profundidade diferente do que a gente está acostumado. Quando a gente fala da construção dessa ponte, na verdade estamos falando da construção desses laços, desses integrantes que estão lá e são completamente diferentes um do outro e que precisam, de uma certa forma, se unir. A gente está falando de um jogo de união, e não de competição”, explica.

O programa foi gravado numa reserva da Mata Atlântica e a casa onde ele se passa não existia. O local foi construído e desenvolvido especialmente para a atração em 31 dias de pré-produção. Os participantes tiveram 20 dias para conviverem nessa casa e construírem a ponte. Apenas no final do reality o público descobrirá se eles conseguiram cumprir a missão. "A Ponte: The Bridge Brasil" conta com oito episódios que serão divulgados semanalmente de forma fracionada.

Diferencial

Questionado a respeito do que diferencia “A Ponte” de outros realities de sobrevivência, o apresentador garante que a dinâmica não se restringe apenas a sobreviver.

“Eu não chamaria de um reality de sobrevivência, apesar deles terem passado muito sufoco. Eu diria que é um reality de união, da construção de uma união. Eu acho que aconteceram coisas tão emocionantes ao longo desses episódios que eu chamaria de um reality de, literalmente, construção de pontes. Eu acho que as pessoas estão precisando de algo a mais”, analisa Murilo.

Eduardo Gaspar, vice-presidente de criação da Endemol Shine Brasil, que é a produtora por trás do projeto, concorda com o apresentador, sobretudo pelo tom cinematográfico do produto.

“A linguagem adotada para essa temporada, como um pedido da HBO Max, era exatamente que a gente tivesse uma cara de filme. É filme? É reality? O que é ‘A Ponte’? Esse é o nosso convite para que as pessoas assistam o formato e possam tirar sua própria conclusão”, diz Eduardo.

Murilo Rosa garante que tudo na produção é um personagem, inclusive ele. “Eu sou meio aquele piloto dos Jogos Vorazes. Aquele personagem que, de uma certa forma, está jogando esses dilemas e está vendo tudo acontecer, estando sempre cinco passos à frente de todos esses participantes. E de uma certa forma, está tentando criar caminhos diferentes quando eles acham que estão já num conforto. Então, ali dentro, tem várias facetas desse apresentador”, ressalta.

Desafios

Logo de cara, os participantes não sabiam para onde estavam indo e nem qual era o programa, mas aceitaram o desafio apenas com uma descrição simples da experiência. Segundo Eduardo Gaspar, isso na verdade estimulou muitos deles a quererem participar. O projeto foi gravado no auge da pandemia e acabou sendo um ‘respiro’ para todos, que puderem se jogar em algo inovador e sair da rotina imposta pela crise sanitária.

Para a produção, o maior desafio foi gravar um reality no meio da natureza. Eduardo relata que o lugar era de muito difícil acesso e as gravações foram feitas em um período de muita chuva e frio. O deslocamento precisava ser feito sempre em veículos com tração 4 x 4. Havia também uma equipe de proteção por conta do risco de aparecer animais silvestres, como onças e cobras.

A preocupação com a preservação do meio ambiente esteve sempre muito presente. A casa dos participantes foi toda construída com madeira de reflorestamento e ambientalistas acompanharam de perto os possíveis impactos causados por toda produção. Terminadas as gravações, foram plantadas 3 mil mudas de árvores nativas. Os confinados não tinham acesso nem mesmo a luz elétrica, apenas lampiões e luz a gás.

Metáfora

Para Murilo Rosa, o reality tem um simbolismo especial. “Construir aquela ponte é uma metáfora para as pontes que você leva para a vida, que você levou, não levou, deixou de fazer. É entender as diferenças. Ali estão pessoas diferentes para viver uma experiência. Elas entendem que é vendo o diferente e dando as mãos que se consegue construir essa ponte. Na verdade, o grande lance do reality é caminharmos por essa ponte juntos”, pondera.

A grande proposta do formato é que as pessoas reflitam sobre as relações. “O que você faria se estivesse lá?”, é esse o questionamento que toda a equipe de "A Ponte" gostaria de deixar para o público.