Finalistas de 'No Limite' relembram desafios que enfrentaram até a final do realityGlobo/Fabio Rocha

Rio - Após 10 semanas de competição, chegou a hora de conhecer o campeão de "No Limite 2022". Nesta quinta-feira, o reality show será transmitido ao vivo pela TV Globo, depois de "Pantanal", e traz o apresentador Fernando Fernandes no comando da grande final. O vencedor da edição será definido pelo público, que decide qual dos cinco finalistas deve levar o prêmio de R$ 500 mil para casa.
Na estreia do reality, em maio deste ano, os telespectadores acompanharam a chegada de 24 participantes à Praia Brava, no Ceará. Depois de inúmeros perrengues, Charles, Clécio, Ipojucan, Lucas e Victor são os últimos competidores que continuam na disputa pelo título de campeão do reality. Nos últimos momentos antes do vencedor ser anunciado, os finalistas relembram a trajetória que tiveram até aqui.
"Eu me sinto muito realizado de olhar para trás e ver tudo que eu consegui conquistar e superar nessa disputa. (...) Vivi o programa em todas as suas facetas: fiquei no pior acampamento, passei perrengue com meus companheiros, montei quebra-cabeça, caí do alto, dormi de conchinha, beijei na boca em rede nacional, que vitória! Fiz amigos, desfiz alianças, refiz, insisti, persisti, fui cancelado, resisti. Acima de tudo, me sinto radiante de estar nessa posição representando o meu estado Sergipe e a comunidade LGBTQIAP+", declara Lucas Santana, de 31 anos.
O doutorando Charles Gama, de 29 anos, é sincero ao comentar os desafios que enfrentou até a final: "Acredito que o principal desafio foi a adaptação a situações tão extremas como chuva, frio, fome e chão molhado para dormir. Tínhamos pouquíssimo sal nas comidas, nem sempre nossos pratos eram agradáveis. A minha preocupação era que o desconforto do acampamento refletisse nas relações sociais. Felizmente, consegui manter a linha com os companheiros", diz.
Como o mais novo entre os finalistas, Victor Hugo ainda lidou com conflitos internos durante o reality show: "Para um menino da cidade grande, se ver sem comida, com desconhecidos, sem higiene básica e participando de provas desafiadoras, sem dúvidas é muito difícil. Eu tentei ao máximo deixar as minhas limitações de lado pra realmente viver a experiência de corpo e alma. Acredito que, diante de tantas situações adversas, o meu maior desafio foi interno. Ter que me provar o tempo todo, mesmo entregando o meu máximo, foi muito desgastante. Por muitas vezes, não sentia o meu valor sendo reconhecido e isso me despertava gatilhos de uma época sombria. Acredito que nós da comunidade LGBTQIAP+ temos que nos provar dez vezes mais quase sempre, e lá não foi diferente", destaca o redator publicitário.
Enquanto isso, Ipojucan Ícaro relembra a estratégia que o ajudou a chegar à reta final do programa: "Minha única estratégia dentro do jogo foi ser eu mesmo. Sou uma pessoa transparente, dentro ou fora do jogo, não existe personagem. O Ipojucan que viveu os extremos durante o programa é mesmo Ipojucan que vai ser encontrado aqui fora. Eu acredito que, independentemente de como isso possa ser recebido e interpretado, me traz a paz de sempre ter sido coerente e fiel às minhas verdades", afirma o mineiro de 29 anos.
Já o engenheiro civil Clécio Barbosa garantiu sua vaga na final de uma maneira diferente: "A estratégia foi investir no jogo social. Essa, desde o início, foi a principal estratégia. As relações interpessoais me trouxeram até a final sem receber nenhum voto no portal. E secundariamente, não fiz muita questão de assumir posições de destaque nas provas. Não por insegurança ou achar que não poderia entregar a contento, mas por não ser visto como um jogador perigoso na fase individual e carregar um alvo nas costas no decorrer do jogo", explica.