Sandra Annenberg aprendeu a tricotar durante a pandemiaGlobo / Ernesto Paglia

Rio - O "Globo Repórter" desta sexta-feira será focado em um tema do cotidiano de muitos brasileiros. No dia 12, Sandra Annenberg retoma a função de repórter para mostrar a importância de trabalhos manuais, que servem de sustento financeiro para muitas pessoas, além de serem formas de manter a saúde física e mental em dia.
Animada para a exibição do programa, a apresentadora explica o que chamou a sua atenção no tema da reportagem: "Essa pauta já existia e, quando soube que ela estava em produção, eu pedi para participar porque durante a pandemia eu aprendi a fazer tricô e me apaixonei por ele. Vi a importância do uso das mãos como terapia, como lazer, como profissão e me ofereci para fazer o programa sobre a inteligência das mãos", conta.
"Também fomos atrás do uso das mãos de forma mais medicinal. Mostramos o trabalho de pessoas fazendo gestos simples porque elas precisam, muitas vezes, resgatar o controle das mãos e se reeducar em atividades básicas do cotidiano, como abrir uma porta ou uma garrafa. Elas fazem uma terapia para manter esse uso e funcionalidade das mãos", adianta a jornalista sobre o projeto realizado no Rio de Janeiro com pessoas que sofrem de Parkinson.
A equipe do 'Globo Repórter' também conheceu as rendeiras de Carapicuíba, município da Região Metropolitana de São Paulo. Vindas do Nordeste, as mulheres que compõem o grupo se reúnem para trabalhar com o artesanato: "Elas são exemplos de duas das principais funções das mãos porque elas trabalham e têm nas mãos o seu ganha-pão. Algumas com depressão, outras com vontade de socializar, elas usam as mãos tanto profissionalmente, quanto com uma terapia", diz Sandra.
"É muito interessante porque conseguimos identificar profissões muito antigas quando o uso das mãos era fundamental e com menos tecnologia, como ourives. E, em Curitiba, conhecemos também duas jovens garotas luthiers que fazem guitarra maravilhosas", completa a jornalista.