João KléberDivulgação RedeTV!

Rio - Para quem viveu o auge dos anos 2000 na TV, é impossível não se lembrar de João Kléber e sua performance à frente do "Teste de Fidelidade", formato original criado por ele para RedeTV!. Depois de alguns anos fora do ar, o apresentador comemora a retomada do programa, que reestreou na última quarta-feira (05) com recursos tecnológicos, novo cenário e roupagem adaptada ao mundo moderno, aproveitando as possibilidades que a internet oferece para auxiliar nas investigações. 
Desta vez, escutas telefônicas, capturas de tela e a avaliação de comportamentos na internet fazem parte das técnicas utilizadas para testar os alvos da atração, que fez uma pausa em 2015. "O programa era líder de audiência às segundas-feiras, mas eu já sentia, nessa época, que o mundo demandava outras questões. Já havia o Instagram, o Whatsapp, a rede social ganhando muita repercussão e eu achei que precisava dar um tempo. Depois de fazer o "Você na TV", pensei em algo, que assim como os meus outros projetos, fosse baseado na realidade das pessoas, nas coisas que sejam universais e que façam o telespectador se identificar, a chamada conexão. No ano passado, os diretores da emissora me questionaram o que eu achava de voltar e avaliei que seria necessário reformular, já que estamos no mundo digital", conta João. 
Uma das novidades do "Teste de Fidelidade - A Investigação", é um aplicativo próprio, onde são feitas boa parte das ações. O apresentador destaca que também pensou em um rastreador que fosse claro e conivente com quem busca respostas através da atração, reforçando que a figura do sedutor (a), que foi um grande ponto alto das outras temporadas, também precisou ser repensada. 
"Hoje precisamos pensar em outras questões, como por exemplo: curtir uma foto de um homem ou uma mulher é traição? Fazer um comentário meio 'duvidoso' é traição? Uma conversa mais apimentada na internet é traição? Temos como diferencial as redes sociais, a conexão com o público e o comportamental, para que não fique apenas naquela questão da sensualidade, afinal somos um programa de entretenimento e não uma atração sexual", detalhou.
João Kléber também disse que desta vez, o programa não fica restrito a casais, com traições afetivas. Mas que se amplia alcançando outros tipos de relações, como familiares, amizades e profissionais. "A traição pode acontecer de várias formas: amigos, patrão e empregado, sócios... É um formato universal no qual todas as pessoas vão se identificar, seja de forma afetiva ou não. Viemos repaginados, adaptados a realidade de hoje. Quantos casais não tiveram uma situação deselegante por curtidas e interações nas redes sociais? É um programa que está mais abrangente, dada essa proporção, sem dúvidas", reflete.
Descartando análises comportamentais de quem tem o hábito de trair, João diz que pensa em trazer outras abordagens no "Teste". Segundo o apresentador, um formato pensado em outros pontos relacionados as traições, já está em avaliação. "Nós não colocamos essa análise por um único motivo: ia virar um programa de terapia, que é um outro formato que tenho, mas não posso falar ainda, contando com análises e detalhes. Eu vou trazer sim, alguns pontos e questionar isso no palco. Mas a questão são os pormenores da traição, por exemplo: Por que a pessoa vai falar mal do companheiro ou da companheira só por estar conversando com outro no privado, criticando quem convive com ela?", questiona.
O showman diz ainda que algumas das inspirações foram o "Linha Direta" e o "Fantástico", sucessos na Globo, e que não abriu mão da plateia, que traz outra experiência para cada edição. "Tem um pouco de cada coisa ali! Tem as conversas do testado ou testada em destaque na tela, um cenário completamente diferente do que era, um palco que oferece uma outra dinâmica com a plateia de cem pessoas que eu adoro estar perto, um acompanhamento em tempo real simultaneamente nas redes sociais e outras várias situações que são diferentes do que era antes", salientou.
Com uma trajetória de mais de 40 anos presente na casa dos brasileiros, João que começou na TV Globo como auxiliar de produções, comemora que o próprio produto seja um grande sucesso no país. O apresentador também celebra a adesão de outros países ao formato, que já foi exibido na Europa, África e América do Sul.
"Esse foi o primeiro formato que eu desenvolvi, mesmo com poucas pessoas acreditando nele, a não ser os donos da emissora. E a prova de que deu certo foram os resultados de audiência, onde sempre fomos líderes nessa faixa. Falaram que ia durar pouco! Mas fomos um verdadeiro sucesso na Europa, África e Portugal. O que eu posso dizer? É um programa pelo qual tem que se ter muito carinho! Em qualquer lugar fora do Brasil, o "Teste de Fidelidade" é conhecido. E, inclusive, uma das frases que mais ouço ao sair do país é: 'Para, para, para'. Fico muito feliz e agraciado, pois ele começou como uma pegadinha e decidimos investir e criar um formato, como funciona em vários lugares", disse.