Vicky (Cecília Chancez) e Luara (Tabatha Almeida)Estevam Avellar / TV Globo

Rio - A segunda parte da primeira temporada do musical "Vicky e a Musa" estreia nesta quarta-feira no Globoplay. Assinada por Rosane Svartman, que também é a autora de "Vai na Fé", a série aborda a importância da arte na vida das pessoas.
Na trama, o bairro operário de Canto Belo está sem cor, sem alegria e sem encanto. Perdeu o único teatro que tinha e o cinema acabou virando uma igreja e, depois, um estacionamento. Aos poucos, a arte foi desaparecendo do lugar sem ninguém se dar conta, o que foi acentuado com a pandemia da Covid-19. Mas, graças aos deuses da mitologia e à jovem estudante Vicky (Cecília Chancez), a situação começa a mudar.
Cecília Chancez fala sobre a sua personagem e conta o que tem em comum com ela. "A Vicky é uma força da natureza, tudo nela é muito intenso! No decorrer da trama ela irá se desenvolver ainda mais, e a base dessa transformação será a arte. Nós temos a mesma vontade de fazer a diferença na vida das pessoas que amamos por meio da nossa força e resiliência. Buscamos superar as expectativas geradas pelas circunstâncias de nossas vidas e acredito que essa seja uma das características que temos em comum, além da paixão pela música. Ou melhor, pela arte", afirma a jovem.
Nascida em Senador Camará, na Zona Oeste do Rio, Cecília comemora a representatividade de uma série como “Vicky e a Musa” ter uma protagonista negra. “É uma honra e uma responsabilidade muito grande. Um dos meus objetivos com esse protagonismo é abrir portas, dar voz e gerar mais espaços e oportunidades para as crianças das comunidades e meninas pretas. E claro, poder mostrar todo potencial e força que estão de certa forma, ‘escondidas’ nas escolas, nas igrejas e comunidades”.
Já Tabatha Almeida interpreta Luara, melhor amiga de Vicky. A relação das duas dá uma estremecida após a morte da mãe de Luara e Vicky não entende os motivos do afastamento entre elas. Cansada de ser ignorada, Vicky desabafa na praça do bairro e acaba sendo ouvida por Euterpe (Bel Lima), a musa da música segundo a mitologia Grega, que promete ajudá-la.
"A Luara é uma menina sonhadora, determinada e muito certa do que ela quer. Ela passou por trauma e por isso a distanciou um pouco da sua essência. Ela acaba fazendo umas besteiras... Me acho bem diferente dela. A Lua é muito explosiva e reativa, eu não costumo ser assim. Ela lida com os problemas de uma forma bem diferente também. Mas também sou determinada e sonhadora assim como ela. Temos nossas semelhanças, mas no geral somos bem diferentes", diz Tabatha, aos risos.
Ela conta que, por conta das diferenças com a personagem, precisou exercitar a empatia em sua preparação. “A Luara é uma adolescente muito diferente da adolescente que eu fui. Tive que me desfazer de muito julgamento, me entregar e acreditar nela. Por ela lidar com as coisas de uma forma muito diferente, as vezes eu tinha dificuldade para acessar as emoções, mas a nossa preparadora Ana Kfouri trabalhou muito comigo e fiquei muito feliz com a Lua que a gente construiu”, comemora.
Estreantes na TV, tanto Cecília Chancez quanto Tabatha Almeida têm suas vidas marcadas pela música. Rodeadas de arte, elas afirmam que seguiram o caminho natural ao se tornarem atrizes. “Sempre estive presente nos palcos – desde criança - por conta das apresentações de violino, balé, violão e dança. Por diversas vezes me apresentei em orquestras e muitas vezes via atores em cena e ficava encantada. Sempre tive um carinho especial pela atuação e estar sempre rodeada de arte me impulsionou”, afirma Cecília.
Em 2016, Tabatha participou do “The Voice Kids”, da TV Globo, e desde então descobriu o caminho que gostaria de trilhar. “Meu pai é músico e a música sempre esteve muito presente na minha vida. Mas foi em 2016 com o ‘The Voice’ que eu senti que era aquilo que eu queria fazer pro resto da minha vida. Na mesma época comecei a estudar teatro e ser atriz virou um sonho. Não parei desde então”, revela.