Paulinha conta sobre violência sexual que sofreu e emociona a web: Até quando?Reprodução

Rio - A participante Paulinha, da tribo Urucum do "No Limite", emocionou as mulheres de seu grupo ao contar a história de suas tatuagens no episódio que foi ao ar nesta quinta-feira. Ela abriu o coração e fez um forte relato sobre a violência sexual que sofreu há algum tempo. Paulinha estava em um ponto de ônibus quando foi abordada por dois homens em um carro. 
"Estava no ponto de ônibus, até que passou um carro com dois caras. Eles me levaram pra um galpão e botaram um pano na minha cara que eu não sabia o que era. Mas desmaiei. Quando acordei, eu estava pelada sendo estuprada várias vezes. E fiquei lá por oito horas no cativeiro", iniciou. 
"Quando acordei tentei resistir algumas vezes, então apanhei muito. Não tinha mais força pra resistir e fiquei lá jogada. Acharam que eu tinha morrido e me enrolaram num pano. Me jogaram num lixão. Aí passou um casal e viu que tinha algo se mexendo", completou. 
Paulinha relatou o péssimo tratamento que teve ao ser levada para a delegacia para prestar queixa. "E quando achei que ia melhorar piorou porque me levaram pra delegacia e o delegado perguntou com que roupa eu estava. Não me considero uma vítima, me considero uma sobrevivente de um estupro. Por isso tatuei uma onça, que é um animal forte e que sozinha resolve as coisas", finalizou. 
O relato de Paulinha emocionou não só os participantes da tribo Urucum, mas também os internautas. "Depois perguntam porque mulher não denuncia estupro. A primeira coisa que perguntaram pra Paulinha quando ela foi pra delegacia, depois de todo o horror que ela viveu, foi com que roupa ela estava vestida", disse uma internauta. "Até quando mulheres ao invés de ser acolhidas serão atacadas?", perguntou outra pessoa.