Jeniffer Dias vive a Thamyres de ’Rensga Hits’Priscila Nicheli

Rio - Depois do sucesso no Globoplay, a série "Rensga Hits" chegou às telinhas da TV Globo na segunda-feira (21). A trama mostra a luta de aspirantes a cantores sertanejos para se tornarem relevantes e conquistarem o sucesso no mundo da música, na Grande Goiânia. A atriz Jeniffer Dias, de 32 anos, que vive a cantora Thamyres, conta o que o público pode esperar de sua personagem. 
"A Thamyres é muito complexa. Ela é potente, uma artista muito sensível, grandiosa. Ela é uma mulher que se valoriza e sabe do seu tamanho. Tem um senso de justiça muito forte e luta pelo que quer, pelo o que é seu por direito, doa a quem doer. Ela forma dupla sertaneja com o irmão, Theo (Sidney Santiago Kuanza), desde pequeninha e conhece muito bem o meio em que está inserida", afirma Jeniffer, que admira a força da personagem. "A Thamyres representa mulheres que, apesar de adversidades e injustiças, conseguiram dar a volta por cima", completa. 
Expectativa
Após a exibição de "Rensga Hits" no streaming, a canção "Desatola Bandida", que faz parte da trama, conquistou o Brasil. Jeniffer não vê a hora de a série estrear na TV aberta e alcançar ainda mais pessoas. "Eu estou muito feliz! Ficava torcendo para que isso acontecesse, porque eu sei que muita gente não tem acesso ao streaming. Entrar na casa do povo brasileiro já é sucesso por si só. Poder mostrar um pedacinho do Brasil que muita gente não conhece, aprofundando em assuntos que carecem de discussão, é realmente incrível, empolgante. Tenho certeza que o Brasil vai ser apaixonar por 'Rensga'. E digo mais, as pessoas vão se apegar aos personagens, e pedir logo uma temporada 2", dispara, aos risos. 
A atriz está feliz por abordar a força das mulheres no sertanejo, que é um ambiente majoritariamente masculino. "'Rensga Hits' fala do poder das mulheres no sertanejo. Um universo tão masculino. Fala de temas importantes como homofobia, desigualdade salarial e rivalidade de uma maneira certeira, sem perder o humor. O público pode esperar muita música boa, hits originais, personagens apaixonantes e muita emoção", garante. 
Representatividade
Jeniffer conta que antes de participar da série não tinha referências no sertanejo, já que o gênero não tem muitas mulheres negras. "Eu não tinha referências no sertanejo. Fisicamente, não lembrava de alguém parecido comigo. Não lembrava de pretos no sertanejo. Fiz um processo de busca, quis saber quem veio antes, quem chega e a mídia não mostra", afirma.
"Mas descobri As Irmãs Barbosa, que são maravilhosas. Mandei mensagem e conversei com elas. Também tem Cascatinha e Ana, uma dupla sertaneja que fez sucesso entre os anos 70 e 80. Tem o Rick, de Rick & Renner, tinha o João, de João Paulo & Daniel, que faleceu", lista.
Apesar de não ter tido inspirações no sertanejo, a música sempre fez parte da vida da artista. "Sempre gostei de cantar e dançar. Minha mãe sempre amou escola de samba e meu padrasto, o Ernani, um cara incrível que eu tenho a sorte de ter perto, fazia parte de um grupo de pagode, o Pirraça. Ele toca violão e cavaquinho, e eu tive contato com esses instrumentos em casa. Lembro dele tocar as músicas no violão e eu acompanhar no canto. Sempre gostei disso".  
A atriz, inclusive, é musa da Mangueira e está empolgada com o enredo da escola, que vai homenagear a cantora Alcione no Carnaval 2024. "Ano que vem continuo com a Mangueira ajudando a contar a história de Alcione. Estamos todos muito felizes com o enredo. A Marrom é nossa diva, e sua trajetória merece ser reverenciada", afirma. 
Projetos
Além de "Rensga Hits", Jeniffer também poderá ser vista em vários outros trabalhos na TV aberta e no streaming. "Tem muita coisa para acontecer! Além de 'Rensga', também vai estrear na TV Globo a série 'Segunda Chamada', da qual faço parte. Acabei de voltar do Festival de Cinema de Gramado, onde teve a exibição do filme 'Mussum', que estou no elenco também. Foi minha primeira vez em Gramado. Em breve estreia na Paramount+ a série do Anderson Silva (lutador) e no final do ano a série em que sou protagonista junto com a Júlia Lemmertz, 'No ano que vem', do Canal Brasil e Globoplay, que tem direção da Maria Flor e Mari Macedo", avisa.