Douglas Silva e Veronica Llinas em cena da série How To Be a CariocaRachel Tanugi Ribas / Divulgação
Rio - O jeitinho carioca de ser é bem explorado na série 'How To Be a Carioca', disponível a partir desta quarta-feira, 18, no Star+. Dirigida por Carlos Saldanha, Joana Mariani e René Sampaio, o projeto conta com Seu Jorge no elenco, que dá vida a Francisco, o guia condutor de todos os episódios que apresenta os costumes e estilo de vida dos cariocas.
Baseada no best-seller homônimo, de Priscilla Ann Goslin, lançado em 1991, a série mostra, a cada episódio, em tom de comédia, um guia de sobrevivência para os gringos que visitarem a Cidade Maravilhosa. O DIA conversou com Débora Nascimento e Douglas Silva que aparecem em episódios diferentes e também com os diretores do projeto. Estão também na série: Malu Mader, Sérgio Loroza, Raquel Villar, Heloísa Jorge, Veronica Llinas, dentre outros.
"O jeito carioca de ser, do 'passa lá em casa', ainda é válido", conta Carlos. "O livro é um guia, a chave foi ter transformado um projeto de longa-metragem numa série porque deu a oportunidade de tratar os temas separadamente. E ter um carioca contracenando com pessoas de nacionalidades diferentes, quando você tem a contraposição de culturas, fica mais claro o jeito de ser do carioca", complementa René.
Débora Nascimento, de 38 anos, nascida em São Paulo, mora no Rio há 12 anos e conta que já se sente um pouquinho carioca. Ela interpreta a jornalista Soraya e contracena com um refugiado sírio no terceiro episódio.
"Eu tenho um amor pelo Rio de Janeiro, minha filha é carioquinha, escolhi a cidade como base para a minha vida. Essa natureza que envolve todo o carioca contribui para a minha qualidade de vida. Trazer isso para a minha personagem Soraya foi essencial, é uma mulher solar, que gosta de esportes ao ar livre, é jornalista, não tem medo da própria voz, gosta de jogar futevôlei, é uma mulher de coragem. Para compor a personagem, abri o olhar para as minhas amigas cariocas, para as paixões que já vivi no Rio de Janeiro", conta.
"Estou completamente apaixonada, a série traz nosso jeitinho de ter empatia pelo outro, de ajudar", completa ela, que despista ao ser perguntada se já viveu um amor gringo no Rio. "Tenho 38 anos e já vivi muita coisa", conta aos risos.
"Já tive experiências com gringos que se tornaram amigos. Pessoas que conheci na rua e me reconheceram. Teve um francês que conheci na praia e me chamou para a França para um projeto, ele se tornou meu amigo", complementa Douglas Silva.
Com todo o estilo carioca de ser, Douglas dá vida a Luiz Henrique, um segurança do Cristo Redentor, morador de Madureira, que tenta impedir uma gringa argentina de prestar a última homenagem à mãe num dos principais cartões-postais do Rio no primeiro episódio da série.
"Sou carioca, nascido na Zona Norte, no hospital geral de Bonsucesso, trouxe algumas vivências minhas religiosas para a série, fui coroinha por causa da minha avó que era católica, frequentei o umbanda e candomblé também por usa de uma tia e uma ex-namorada, tive algumas vivências para montar esse jeito de ser do Luiz", explica.
"O jeitão carioca que já tenho vem de muitas vivências. O Luiz Henrique por ser suburbano ali de Marechal Hermes, Madureira, tem esse contato com a religião da católica e com o terreiro. Ele leva sério seu trabalho, mas fora ele está ali sensível", completa.
Como ser um carioca?
E já que o assunto é ajudar os gringos como serem um carioca, O DIA quis saber dos atores que dica que eles dão para turistas que vem visitar a Cidade Maravilhosa e querem aprender um pouco a levar esse estilo de vida mais despojado do carioca.
"Tem que estar com o peito aberto para viver experiências. A cada momento você tem uma experiência única. O carioca tem um jeito de viver a vida que até a gente se confunde. Ao mesmo tempo que a gente está na praia, a gente para na Lapa e depois tem uma missa para ir", brinca Douglas.
"Tem que estar pronto para o improviso, disponível para as intempérie e está ligado porque o Rio de Janeiro não é para os amadores", diz Débora.
Pai e filha juntos em cena
A série foi gravada entre novembro de 2021 e março de 2022 e marca a estreia de Maria Flor, 11 anos, filha de Douglas Silva com Carol Samarão. Ela também está no ar na novela da Globo "Fuzuê", mas rodar o primeiro trabalho com a filha teve um gostinho especial.
"É o primeiro trabalho dela na TV, não sabia se eu era pai ou se era fã. Nunca imaginaria que minha filha iria trabalhar com isso, igual a mim. Sempre respeitei a idade que ela está, tenho tido esse pensamento, só que minha filha é tão madura para decidir as coisas por ela, que ela tem essa autonomia de escolher o que quer fazer. Só estou aqui para dar uma base. Hoje em dia ela quer seguir meus passos, está amando e mudando a ótica dela para a arte", orgulha-se.
Imagem do Rio lá fora
Os diretores comentam se a série pode trazer um frescor para a imagem do Rio, que recentemente virou notícia com repercussão mundial após a execução de três médicos em um quiosque na praia da Barra da Tijuca, na Zona Oeste e volta e meia vira assunto de pautas policiais.
"Quando essas coisas acontecem, tem que ser mostradas de uma forma para melhorar. Na nossa série, a gente aborda os dois lados, mas é uma série de leveza. É bom ter esse espaço para que essas histórias ruins não tirem essa esperança de melhorar. A série traz essa esperança", conta Carlos.
"A gente não foge da realidade, a gente tem tiro, assalto, a gente passa pela nossa realizada. A nossa opção foi contar história onde os fatos que acontecem têm resultados positivos, que é o que a gente queria que tivesse", explica Joana.
"Infelizmente não é uma novidade. A arte é uma forma de transformação, gera emoções e reflexões. Desde o meu primeiro projeto carioca que foi a animação 'Rio', pela primeira vez crianças e famílias, de países que você não podia nem imaginar, puderam saber o que era o Rio de Janeiro. A gente atravessa fronteiras, traz esperanças, para as pessoas terem uma oportunidade de pensarem num futuro melhor", conclui Carlos Saldanha.
"Tem que estar com o peito aberto para viver experiências. A cada momento você tem uma experiência única. O carioca tem um jeito de viver a vida que até a gente se confunde. Ao mesmo tempo que a gente está na praia, a gente para na Lapa e depois tem uma missa para ir", brinca Douglas.
"Tem que estar pronto para o improviso, disponível para as intempérie e está ligado porque o Rio de Janeiro não é para os amadores", diz Débora.
Pai e filha juntos em cena
A série foi gravada entre novembro de 2021 e março de 2022 e marca a estreia de Maria Flor, 11 anos, filha de Douglas Silva com Carol Samarão. Ela também está no ar na novela da Globo "Fuzuê", mas rodar o primeiro trabalho com a filha teve um gostinho especial.
"É o primeiro trabalho dela na TV, não sabia se eu era pai ou se era fã. Nunca imaginaria que minha filha iria trabalhar com isso, igual a mim. Sempre respeitei a idade que ela está, tenho tido esse pensamento, só que minha filha é tão madura para decidir as coisas por ela, que ela tem essa autonomia de escolher o que quer fazer. Só estou aqui para dar uma base. Hoje em dia ela quer seguir meus passos, está amando e mudando a ótica dela para a arte", orgulha-se.
Imagem do Rio lá fora
Os diretores comentam se a série pode trazer um frescor para a imagem do Rio, que recentemente virou notícia com repercussão mundial após a execução de três médicos em um quiosque na praia da Barra da Tijuca, na Zona Oeste e volta e meia vira assunto de pautas policiais.
"Quando essas coisas acontecem, tem que ser mostradas de uma forma para melhorar. Na nossa série, a gente aborda os dois lados, mas é uma série de leveza. É bom ter esse espaço para que essas histórias ruins não tirem essa esperança de melhorar. A série traz essa esperança", conta Carlos.
"A gente não foge da realidade, a gente tem tiro, assalto, a gente passa pela nossa realizada. A nossa opção foi contar história onde os fatos que acontecem têm resultados positivos, que é o que a gente queria que tivesse", explica Joana.
"Infelizmente não é uma novidade. A arte é uma forma de transformação, gera emoções e reflexões. Desde o meu primeiro projeto carioca que foi a animação 'Rio', pela primeira vez crianças e famílias, de países que você não podia nem imaginar, puderam saber o que era o Rio de Janeiro. A gente atravessa fronteiras, traz esperanças, para as pessoas terem uma oportunidade de pensarem num futuro melhor", conclui Carlos Saldanha.
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