A novela Vai na Fé abordou, nos últimos dias, a alopecia, um problema que atinge milhões de brasileiros e que para as mulheres é ainda mais devastador. Quem acompanha a trama notou que a personagem Marlene, interpretada por Elisa Lucinda, sempre foi muito apegada a sua peruca, mas o real motivo só foi revelado agora: ela tem medo de expor as falhas no couro cabeludo causadas pela alopecia.
A queda de cabelos preocupa e mexe muito com a autoestima. O problema é uma condição autoimune associado à queda ou diminuição do cabelo ou pelos do corpo, que pode atingir tanto homens quanto mulheres. Enquanto muitas pessoas sofrem tentando esconder os sintomas por vergonha, falar desse assunto tão delicado na TV traz a oportunidade de promover esclarecer as informações sobre a doença.
“A calvície ou alopécia de padrão androgenético, como o próprio nome diz tem relação sim com hereditariedade. Mas a genética não é o único fator que leva a miniaturização dos fios de cabelo. Existem outros fatores externos e internos, como estresse, hábitos de vida não saudáveis, como alimentação inadequada, intoxicação, exposição à toxinas (metais pesados por exemplo) que contribuem para o agravamento do quadro”, explica o dermatologista Felipe Chediek, especialista em tricologia e terapia capilar.
Existem diversos fatores que podem contribuir para a calvície. Mas será que existem tratamentos para evitar a calvície genética?
“Atualmente temos diversos tratamentos para alopecia de padrão androgenético. Seja com uso de medicamentos e suplementos por via oral, por via tópica, além de aplicação de injeções dentro da pele de ativos que auxiliam o crescimento e o engrossar dos fios, com associações como laser de baixa intensidade, plasma rico em plaquetas, vacuoterapia, entre outros. Todo tratamento é planejado e muitas vezes requer exames complementares como coleta de sangue”, explica o dermatologista.
Para a calvície causada por fatores externos também existe tratamento. O especialista destaca que o principal é identificar o fator que causa o problema e corrigir. O tratamento deve ser integrado, olhar o indivíduo como um todo.
“Qualquer perda de cabelo, seja por queda ou afinamento dos fios é importante que saibamos que pode ser por um ou mais motivos, nem sempre genético. Geralmente a causa é multifatorial. Entender o que está acontecendo no cabelo pode ser reflexo de alterações em outras partes do corpo, o cabelo é um marcador de saúde também”, detalha o médico.
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