Abandono paterno: um alerta aos homens Reprodução

Olá, meninas!
Já falamos aqui sobre as mães solo, aquelas mulheres que são chefes de família e que muitas vezes desempenham essa dupla função, são “pães”. A sobrecarga feminina já não é nenhuma novidade. As mulheres são multitarefas e quando o assunto é cuidar dos filhos, elas são as grandes guerreiras, sem dúvida. Mas e sobre esses pais que abandonam seus filhos? Esse é um cenário bastante frequente e hoje vamos fazer esse alerta!
O problema, infelizmente, é a realidade de muitos brasileiros. Segundo os Cartórios de Registro Civil, mais de 100 mil crianças no país não foram registradas com o nome do pai, isso apenas no primeiro semestre de 2022.
Oficialmente, se ocorrer a recusa da paternidade, o registro na certidão de nascimento da criança pode ser feito apenas com o nome da mãe. Também é possível dar entrada no pedido de reconhecimento de paternidade na justiça, caso seja a vontade da mãe ou do próprio filho. E existe ainda a possibilidade da inclusão do nome do pai na certidão pelo próprio, que é o reconhecimento de paternidade voluntária. Ou seja, sempre é possível recuperar o tempo perdido.
“Essa questão do abandono paterno é uma ferida profunda, quase irreparável. Eu percebo nessas mulheres, que foram abandonadas na infância, uma força e uma capacidade de luta muito grande. Mas elas são sempre acompanhadas também por momentos de dor. Me chamou a atenção a importância desse tema e me fez refletir sobre a enormidade dos danos que o abandono parental pode provocar nessas crianças, que depois passarão a vida tentando se recompor dessas feridas”, explica Roosevelt Colini, escritor do livro “Curva de Rio”, que narra a história de uma garota que vive o drama da ausência paterna.
Segundo Colini, a educação parental é a base da educação formal e o núcleo familiar é extremamente importante em qualquer fase da vida. “Nós não chegamos ao mundo somente para receber roupa e comida, as primeiras aulas de vida e aquilo que nos dará fundamento, vão acontecer na esfera do carinho, da brincadeira, da instrução e, também, da bronca”, argumenta. E a figura do pai tem um papel importante nesse sentido.
São várias as formas de abandono por parte de um pai. Existem aqueles que nem conheceram seus filhos por opção. Aqueles que após a separação simplesmente deixaram de procurar as crianças. Ou ainda aqueles que praticam o abandono financeiro, mas estão por perto. Além daqueles que ajudam com dinheiro, mas praticam o abandono emocional. Em todos os casos, as feridas são imensas e os danos na vida dessas crianças são profundos e muitas vezes irreparáveis.
E você, conhece alguém que cresceu sem o pai? Me conta? Aguardo seu comentário lá no meu Instagram @gardeniacavalcanti. E não deixem de me acompanhar também no programa Vem Com a Gente, na TV Band, de segunda a sexta, a partir das 13h30.