Apesar de estarem relacionadas, a contratura capsular e o rippling não são a mesma coisa Reprodução/Instagram
De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), tanto a contratura como o rippling não são considerados problemas frequentes no procedimento estético.
“A contratura capsular é o endurecimento da cápsula que se forma ao redor da prótese de silicone e, pode ser uma reação excessiva atrelada a um corpo estranho no organismo. Na maioria das vezes, essa cápsula no tecido cicatricial é fina e flexível, sem apresentar problemas, porque sua formação se dá naturalmente para isolá-la. Mas, em alguns casos, ela se torna mais espessa e contrai, puxando a prótese para dentro, o que resulta na contratura. Quando a cápsula de tecido cicatricial formado ao redor da prótese se contrai de modo exagerado, causa o endurecimento, dor e até uma alteração no formato ou no tamanho da mama. Essa contração pode deixá-las bem mais rígidas e, em algumas situações, deformadas. Tudo isso gera desconforto e a paciente”, diz o médico.
As causas da intercorrência são atribuídas também há vários outros fatores como infecção, acúmulo de líquido ou sangue ao redor da prótese que estimulam a formação de uma cápsula mais espessa, hematomas, a posição em que foi colocado o implante, trauma ou até mesmo a qualidade e o tipo do implante que podem contribuir para o desenvolvimento dessa complicação. No entanto, é importante ressaltar que a contratura pode surgir meses ou anos após a colocação do implante.
“A paciente necessita de acompanhamento médico e provavelmente vai precisar se submeter a uma intervenção cirúrgica para tratar essa condição. Em casos mais avançados comumente é indicado um procedimento de revisão, onde o cirurgião plástico remove ou troca a prótese e, às vezes, realiza uma capsulectomia, que é a retirada da cápsula contraturada. Já o uso de próteses de textura mais macia ou a colocação de uma camada adicional de tecido podem ajudar a prevenir a recorrência”, acrescenta o Dr. Eyler.
Porém, o cirurgião assinala que existem outras abordagens no tratamento quando a contratura é leve. Para isso é recomendado protocolos conservadores, entre eles, o uso de medicamentos anti-inflamatórios ou massagens específicas que ajudam a relaxar e suavizar a rigidez da cápsula.
Segundo o especialista, já o rippling traz um aspecto de enrugamento e ondulação na pele, que pode suceder, sobretudo em pacientes com pouco tecido mamário, magras ou colocação das próteses na frente da musculatura mamária que podem favorecer o aparecimento.
Na maioria das vezes a correção pede uma cirurgia, sendo os dois métodos principais a reposição da prótese para a camada submuscular, uma vez que o músculo fornece uma cobertura maior e facilita minimizar as ondulações ou aplicar um enxerto de gordura autóloga (do próprio paciente, que não provoca reação), o chamado lipofilling, que reveste as ondulações. “A gordura é aspirada de outras áreas do corpo do paciente e injetada na região das mamas para aumentar a espessura do tecido subcutâneo, cobrindo e disfarçando as irregularidades. Caso haja indicação é avaliada também a troca de prótese por um tamanho menor ou um formato diferente”, afirma o Dr. Eyler.
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