Luiz Césio Caetano, da FirjanPAULA JOHAS/Divulgação
Duque de Caxias se destaca em índice sobre gestão fiscal
Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF) analisa as contas de mais de cinco mil municípios brasileiros
Duque de Caxias - A nova edição do Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF) aponta que as cidades do estado do Rio de Janeiro destinam, em média, somente 4,6% da receita para investimentos – menos da metade da média nacional, de 10,2%. Com isso, os municípios do Rio registram 0,3715 ponto no indicador de Investimentos do estudo, que varia de zero a um ponto, e são os que menos priorizam investimentos públicos no Brasil. Pela Baixada Fluminense, esse indicador foi de 0,4923, representando baixo nível de investimentos públicos.
“Chama ainda mais atenção o fato de que esse péssimo resultado foi em momento de conjuntura econômica favorável no país em 2024 e maior repasse de recursos para os municípios. Toda a sociedade precisa acompanhar e cobrar dos gestores maior compromisso com o dinheiro público. Não podemos aceitar esse cenário”, ressalta o presidente da Firjan, Luiz Césio Caetano. O presidente da Firjan defende também que as cidades desenvolvam ações para estimular a economia e gerar recursos localmente. “Assim, além de não ficarem tão vulneráveis aos ciclos econômicos, darão oportunidades para a população, com melhoria da renda e da qualidade de vida”, reforça Caetano.
Com base em dados declarados pelas prefeituras, o IFGF analisa as contas de 5.129 municípios brasileiros e é composto pelos indicadores de Autonomia, Gastos com Pessoal, Investimentos e Liquidez. Após a análise de cada um deles, a situação das cidades é considerada crítica (resultados inferiores a 0,4 ponto), em dificuldade (resultados entre 0,4 e 0,6 ponto), boa (resultados entre 0,6 e 0,8 ponto) ou de excelência (resultados superiores a 0,8 ponto).
Duque de Caxias tem o maior IFGF médio da região
Na análise por município, Duque de Caxias se destaca dos demais pela nota máxima no IFGF Autonomia: o município apresenta alta capacidade de suprir suas despesas essenciais com a receita local. Da mesma forma, a cidade teve avaliação excelente no IFGF Gastos com Pessoal, refletindo boa flexibilidade orçamentária e menor peso da folha de pagamento de funcionários públicos e aposentados. O resultado positivo dos dois indicadores contribuiu para que o município alcançasse na Baixada, a maior nota média do IFGF (0,7402) - apesar do baixo nível de investimentos públicos e menor liquidez em caixa.

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