Por thiago.antunes

Rio - O segmento de micro e pequenas empresas é formado por quase nove milhões de empreendimentos no país, correspondendo a aproximadamente 99% das empresas formais abertas, segundo os dados do Ministério do Trabalho.

Isso representa mais de um quarto do Produto Interno Bruto (PIB), o equivalente a uma alíquota de 27%.

Para aumentar a sobrevida desses negócios em tempo de retração econômica, o governo lançou uma linha de financiamento para capital de giro que vai oferecer R$ 5 bilhões, com recursos do BNDES e do FAT. Mas muitos empreendedores ainda têm dúvidas sobre como conseguir acesso ao crédito.

Pergunta e resposta

“Você pode me explicar como é a linha de financiamento anunciada recentemente pelo governo?” Celso de Azevedo, Niterói

Prezado Celso, o Proger Urbano — Capital de Giro é nova linha de crédito com recursos de R$ 2 bilhões do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e R$ 3 bilhões do BNDES, criada exclusivamente para financiar capital de giro com juros entre 17% a 19,5% ao ano.

Desse montante, R$ 1,5 milhão das operações serão reservados às micro e pequenas empresas com faturamento bruto anual de até R$3,6 milhões. Cada uma poderá financiar até R$ 200 mil, com prazo de quitação de até 48 meses e seis meses para começar a pagar.

São feitas duas exigências: quem faz empréstimo se compromete a manter o número de postos de trabalho por, pelo menos, 12 meses e as empresas com mais de dez funcionários terão que contratar um aprendiz em até seis meses. As linhas de créditos já estão disponíveis no BNDES e Banco do Brasil.

A previsão é que 100 mil empresas possam usar o Proger Urbano em todo país. O governo espera dar fôlego aos pequenos negócios, manter os empregos e impulsionar a economia. O segmento de micro é responsável por aproximadamente 52% dos empregos formais do país.

Cezar Vasquez é superintendente do Sebrae-RJ

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