Por thiago.antunes

Rio - O IBGE divulgou ontem os dados do desemprego do segundo trimestre de 2016, a PNAD. A taxa cravou 11,3% no país, o que representa que de cada dez brasileiros, mais de uma pessoa que se declara querendo trabalhar, está desempregada. O resultado mostra que a situação piorou, tendo aumentado o desemprego, por exemplo, 38,7% em relação ao mesmo período do ano passado.

Precisar de emprego e não encontrar, mesmo sendo profissional correto e preparado na sua atividade é ducha de água fria. A situação traz desânimo pessoal, afeta relações familiares, debilita a saúde, e de forma geral, atrapalha toda a economia. Quem não está trabalhando não recebe salário e fica sem renda, freando o mercado e arrecadação dos tributos.

Apesar da discreta melhora, as empresas estão cautelosas. Somente em 2017 deve haver virada do jogo. A maioria dos economistas concorda que o PIB deve se recuperar ano que vem, só não há consenso sobre o tamanho da expansão. São projeções de 0,5% a 1,5% de crescimento.

Os resultados da PNAD apontam que o salário médio para quem está empregado cresceu, o que é boa notícia. No Rio, está em R$ 2.287, pouco mais do que a média nacional de R$ 2.279. Isso representa que quem tem emprego é reconhecido, só que absorveu mais tarefas.

Nas crises passadas, quando o desemprego avançava, o salário médio caía, porque a oferta de pessoas se oferecendo aumentava. Por isso, quem está desempregado deve aproveitar para se reciclar, fazer cursos e voltar a estudar. Se os especialistas não errarem, ano que vem a situação melhora e o desemprego começará a ser revertido. 

Gilberto Braga é professor de Finanças do Ibmec e da Fundação Dom Cabral

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