Por thiago.antunes

Rio - O primeiro lote de cartas do pente-fino do INSS em auxílios-doença no Município do Rio começa a ser enviado hoje pelo instituto. Inicialmente, 368 correspondências serão postadas nesta quarta-feira convocando os segurados que recebem benefícios há mais de dois anos para fazer a revisão da perícia médica.

Está nesta lista quem tem até 39 anos de idade e que não fez exames neste período. Conforme O DIA informou no último sábado, neste primeiro momento, 4.078 segurados são alvo do pente-fino no estado e receberão correspondência em casa.

A Gerência-Executiva Centro foi a primeira a receber a listagem com os nomes dos segurados que precisam agendar perícia. Os segurados terão cinco dias úteis para marcar a revisão. O agendamento deve ser feito exclusivamente pela Central 135.

As revisões de perícias médicas serão marcadas para os dias de semana nas agências do INSS do RioDivulgação

“Nossa expectativa é que esse primeiro lote entre convocação, agendamento e realização de perícias seja concluído de três e quatro semanas”, avalia Flávio Souza, gerente-executivo da Gerência Centro do Rio, que terá cerca de 60% dos peritos participando do pente-fino.

As perícias serão marcadas para os dias de semana nas agências da cidade. Em princípio não haverá mutirão nos fins de semana no Rio. A instrução normativa que instituiu o programa de revisão de benefícios por incapacidade determina que as perícias podem ser feitas durante a semana nas agências que poderão agendar até quatro exames por perito a cada dia.

Já nos fins de semana e feriados, devem ser feitas por meio de mutirão, até o limite de 20 por dia, por médico. Caso a pessoa não seja encontrada para receber a carta, haverá publicação em edital em jornal de grande circulação para nova convocação. Somente depois disso, se o beneficiário não comparecer, terá o auxílio suspenso.

O INSS divulgará balanços mensais do pente-fino. O primeiro deles no final de outubro. No total serão chamados 41.344 segurados no estado.

Renan não poupa críticas

A pressa do governo Temer de enviar a reforma da Previdência ao Congresso foi alvo ontem de críticas do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). O parlamentar afirmou que é preciso definir o modelo e não ficar apenas na discussão sobre prazo de encaminhamento.

Entre as propostas está a que iguala idade de homens e mulheres em 65 anos e de servidores e trabalhadores da iniciativa privada. Renan defendeu reforma com prazo de transição e manutenção de direitos adquiridos. O senador usou o mesmo raciocínio para a reforma trabalhista.

O ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, afirmou ontem a líderes da base aliada que o Planalto quer “ampliar” o debate sobre a reforma antes de enviar ao Congresso. Líderes aliados querem que o governo só envie depois das eleições. Geddel disse que, por enquanto, está mantido o compromisso de mandar a reforma antes das eleições.

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