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Rio - No próximo sábado será comemorado o Dia Global do Empreendedorismo Feminino. A data foi oficializada pela ONU em 2014 para ressaltar a participação das mulheres no desenvolvimento econômico dos países. No Brasil, embora sejam a maioria da população (51,4%), segundo o IBGE, e terem maior tempo de estudo (7,8 anos) em relação aos homens (7,4 anos), levantamento da última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) de 2015 aponta que receberam apenas 75,5% do valor dos salários dos homens.
Mesmo com tanta desigualdade, muitas mulheres driblam o desemprego e o preconceito racial e investem em negócios próprios. Afroempreendedoras como Jaciana Melquíades, Jaqueline da Silva e Vall Neves que diante da adversidade e da falta de oportunidades fizeram de suas habilidades uma forma de ganhar dinheiro. Elas contaram ao DIA como enveredaram pelo caminho do empreendedorismo e transpuseram barreiras.
A historiadora Jaciana, ou Jaci, de 33 anos, moradora do bairro do Riachuelo, viu na falta de representatividade de sua raça na área da Educação a oportunidade de mostrar a crianças negras, e até mesmo adultos, que ações positivas são possíveis e necessárias para ajudar na construção de sua identidade e de sua cultura. Com esse propósito, a empreendedora criou a marca de roupas ‘Era uma vez o mundo’.
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As criações, conta Jaciana, são feitas de malha e tecido e têm uma característica especial: cada peça é pensada, e elaborada com elementos da cultura negra. As bonecas de pano articuladas são produzidas a partir da imagem da criança que vai brincar com ela.
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Um dos entraves encontrados pela historiadora para empreender é a falta de incentivo a projetos educativos que envolvam a cultura afrobrasileira. “Nossas dificuldades estão ligadas prioritariamente ao racismo na nossa sociedade e isso dificulta conseguir apoio”, lamenta. O Erê está nas escolas de Educação Infantil da rede municipal do Rio.
No mesmo lugar mulheres fazem micropigmentação de sobrancelhas compram roupas criadas por ela e ainda podem escolher acessórios e sapatos. “As mulheres saem repaginadas”, diz. “Nossos modelos são quase exclusivos e em tamanho diferenciado”, afirma Jaqueline.
A loja-ateliê fica no Centro Casa Conjunto, na Rua Orestes 07, no Santo Cristo. Os livros podem ser comprados pelo site www.eraumavezomundo.com. Já as encomendas das bonecas são feitas em www.facebook.com/eraumavezomundo.
ACESSÓRIOS
Peças multicoloridas do Varal da Val podem ser vistas e encomendadas na página www.facebook.com/VaralDaVal. O Varal também participa de feiras.
A loja multifacetada da grife D’Jackcarioca fica na Rua Cerqueira Cesar 34, loja 202, em Madureira.