Por bianca.lobianco
Rio - Nem tudo foi má notícia na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (Pnad Contínua) do IBGE — que mostrou uma taxa de desemprego de 12,1 milhões de pessoas no trimestre móvel encerrado em novembro —, os números mostram que alguns setores já dão sinais de reação. São eles que vão criar empregos em 2017. 
Cristilane Silva%2C cabeleireira%3A ‘Os desafios são muitos. Mas não faltam oportunidades de trabalho’Maíra Coelho / Agência O Dia

Alojamento, como hoteis, hostels, pousadas e pensões, por exemplo, e alimentação (restaurantes, bares, redes de fast food), tiveram alta de 4,6% e outros serviços, 5,7%. Neste último enquandram-se artes, cultura, esporte, recreação, manutenção de equipamentos de informática, de telefones celulares, de utensílios domésticos, como liquidificador, secador de cabelo. Ainda dentro desse item tem atividades de serviços pessoais como cabeleireiro, manicure, esteticista, depilação, ou seja, funções dentro de salões de beleza. Segundo o IBGE, os demais grupamentos permaneceram estáveis.

Para a especialista em carreiras, Janaina Ferreira a crise econômica tem levado as pessoas a buscarem outras alternativas para garantir o sustento. “As pessoas estão se virando como podem”, diz. Ela aponta ainda que muitos trabalhadores estão abrindo o próprio negócio com dinheiro de rescisão de contrato de trabalho ou com economias. E isso tem feito com que aumente o número de vagas de emprego. O que pode ser comprovado também pela pesquisa do IBGE. Embora tenha havido uma leve retração no número de trabalhadores por conta própria, atualmente são 21,9 milhões, queda de 1,3% frente ao trimestre anterior, o contingente de empregadores teve alta de 5,5%, com 4,2 milhões de pessoas. Em relação ao mesmo período do ano anterior, esse contingente manteve-se estável.
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ESTABILIDADE
A pesquisa aponta que o número de empregados no setor privado sem carteira de trabalho assinada cresceu 2,4%, e chegou a 10,5 milhões de pessoas.  
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Com mercado estável, trabalhador deve buscar formação gratuita
O presidente Michel Temer espera que o país volte a gerar postos de trabalho em 2017. “O desemprego é uma coisa que perturba as pessoas e cria instabilidade, mas, vencendo a crise e saindo da recessão, teremos empregabilidade. A partir do segundo semestre do ano que vem é muito provável que o desemprego venha a cair e 2017 será definitivamente um ano novo, e não a continuação de 2016”, acrescentou.
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E é justamente com a projeção de melhora do mercado que trabalha Cristiano Martins, consultor de carreiras. De acordo com ele, quem está em busca de uma oportunidade no mercado deve aproveitar o momento e buscar formação. “Um setor que está sempre em movimento é o de salão de beleza. Nele as chances são maiores”, diz. A cabeleireira Cristilane Silva, 41 anos, que trabalha na Lapa, concorda com o especialista. “Não se pode perder oportunidade”, conta Cristilane.
Uma dica são os cursos gratuitos. No site do Senac estão disponíveis todos os cursos (http://www.rj.senac.br/cursos). A Embelleze também oferece formação grátis. Informações em http://www.tudocursosgratuitos.com/cursos-embelleze-gratuitos.