Por bianca.lobianco
Rio - E lá se vai mais um ano. O destaque, deste 2016 tão atribulado no mundinho da tecnologia, fica por conta do peso cada vez maior das redes sociais sobre as relações humanas, aquelas antigas, em carne e osso. Parece que nunca fomos tão radicais na defesa das nossas ideias – para o bem e para o mal. Isso não tem mostrado bons resultados, porque o argumento virulento está ganhando as ruas, frequentemente descambando para a violência mais insana. A intolerância mata.
A nossa questão, aqui, é que inúmeros debates e inimizades via redes sociais (principalmente, no Facebook) foram baseados em notícias falsas e replicadas mundo afora sem a devida responsabilidade. A mentira também mata.
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É para evitar que a desinformação continue crescente que o Facebook e a Google estão à frente de uma batalha para contra as notícias falsas. O problema é que elas não são empresas de mídia, não produzem qualquer informação; elas apenas deixam que seus usuários transmitam quase qualquer coisa, sem qualquer critério. Mal comparando, é como se culpássemos uma operadora de telefonia por eventuais ameaças de morte feitas numa chamada via telefone.
De qualquer maneira, as duas empresas estão investindo pesadamente na criação de sistemas capazes de, na medida do possível, checar o conteúdo dos posts e a origem das notícias. É uma tarefa gigante, considerando que existem milhões de fontes que só pretendem mesmo disseminar a desinformação. Basta dizer que, nas eleições dos EUA deste ano, as notícias falsas tiveram mais alcance do que as verdadeiras. Não pode.
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A solução para essa enxurrada de mentiras está em cada usuário. Responsabilidade é a palavra-chave. Por mais que você concorde com o que parece ser uma “verdade verdadeira”, o melhor a fazer é checar se a sua fonte não está inventando lorotas para sair ganhando em cima da inocência generalizada. Não seja manipulado por mentiras. Este é o recado.
De quebra, vamos comemorar. Esta coluna agradece a todos os leitores pelos e-mails e palavras gentis. O carinho é recíproco. Pelo que dizem, 2016 não foi um ano fácil. Fica aqui a torcida para que 2017 seja um pouco melhor. A gente merece.