Por thiago.antunes
Rio - O Rio vive talvez a pior crise econômica de sua história. Uma crise que exige e vai continuar exigindo tanto dos governantes quanto de empresários e da própria população mais austeridade e planejamento além de uma dose de criatividade para buscar novos negócios e novas formas de gerar renda. E ainda que também se reconheça e se aproveite melhor o que já existe e que está consolidado no Rio.
Um bom exemplo disso é a indústria de energia elétrica. Em parte pelo passado de capital da República, grandes empresas do setor nasceram e cresceram no estado. Tanto é que aqui estão baseadas muitas companhias do setor elétrico, como a Eletrobras, que, apesar de estar sendo reestruturada, continua a principal empresa de energia elétrica do país junto com Furnas e a Eletronuclear (usinas de Angra).
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Além delas, temos a sede de algumas privadas nacionais e internacionais presentes no Rio e em diversos estados, como a originalmente mineira Energisa (ex-Cataguazes Leopoldina, que também adquiriu recentemente o Grupo Rede) e a Neoenergia, com capital nacional e espanhol.
Ambas têm distribuidoras e geradoras de energia espalhadas pelo pais. Temos ainda a Ampla (controlada pela italiana Enel), que distribui energia para 22 municípios do estado e também tem geradoras fora do Rio.
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E, obviamente, a Light, que além de distribuir energia para a capital e dezenas de municípios da Baixada e do Vale do Paraíba produz energia hidrelétrica no interior do estado. Tem, também, sede no Rio de Janeiro a Empresa de Planejamento Energético (EPE) e o Operador Nacional do Sistema (ONS).
Essa concentração de empresas e órgãos públicos e privados acaba atraindo para o Rio um grande número de estudiosos e de entidades que discutem e estudam o setor. Tudo isso gera milhares de empregos de qualidade, impostos e negócios sem igual em outros estados do Brasil. Além de colocar o Rio como um dos principais pontos de tomada de decisão assim como expertise nessa indústria tão importante para a retomada do crescimento do Rio e do Brasil.
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Sérgio Malta é presidente do Conselho de Energia da Firjan