Já se sabe que a negociação envolve a criação de uma taxa previdenciária extraordinária e temporária para o funcionalismo (a princípio, de 6% para inativos e pensionistas e de 8% para ativos), além da elevação da alíquota da contribuição previdenciária (para quem paga atualmente) de 11% para 14%.
Governo tenta obter empréstimo de R$ 20 bilhões
Está em estudo no plano de recuperação fiscal do estado um empréstimo de até R$ 20 bilhões com um consórcio de bancos. A operação de crédito teria aval do governo federal. O Tesouro Nacional seria, assim, o garantidor dessa operação financeira.
As conversas com o Banco do Brasil têm sido intensas. E ainda entrariam nesse grupo a Caixa Econômica Federal e, possivelmente, o Bradesco. Para o plano de recuperação vingar, o estado tem que dar contrapartidas aos bancos e a principal moeda de troca é a privatização da Cedae. A ideia é que a companhia seja federalizada e vendida. As ações da empresa seriam as garantias para os empréstimos bancários.
Um ponto divergente nas negociações seria o valor estimado da companhia, segundo fontes. Pelos cálculos do governo fluminense, a Cedae valeria cerca de R$ 10 bilhões. Mas especialistas do setor indicam fragilidades que prejudicariam a negociação, pois pesariam no valor da empresa.
A pressão de policiais civis, delegados e agentes penitenciários funcionou e o estado decidiu pagar ontem os pensionistas da Segurança, ao contrário do que vem sendo feito nos últimos meses. O crédito, segundo o governo, ocorreu até a meia-noite de ontem, e incluiu beneficiários de pensões da PM, Polícia Civil, Secretaria de Administração Penitenciária, Defesa Civil e Corpo de Bombeiros.
Os policiais civis e agentes penitenciários fizeram assembleia, na segunda-feira, e as categorias decidiram pela paralisação. Já os delegados fizeram assembleia no dia 12 e também deliberaram a greve.
Os policiais reivindicaram pagamento integral das categorias, sem distinção entre ativos, inativos e pensionistas, crédito do 13º e pedem que o estado pague os salários no quinto dia útil.
Além disso, policiais civis esperam o pagamento de horas extras do 2º semestre de 2016 e das premiações do Sistema Integrado de Metas (SIM) desde o 2º semestre de 2015. Os bombeiros fizeram assembleia ontem. Foi decidido que o militar sem condições de ir trabalhar declare hipossuficiência no quartel mais próximo, entre outros pontos.