Por bianca.lobianco
Rio - O Brasil está com as obras da usina de Angra 3 suspensas. Também não levou adiante a proposta da Empresa de Planejamento Energético (EPE), lançada há quase uma década, de ampliar a geração termonuclear no país, com novos complexos em áreas das regiões Norte e Nordeste. Enquanto isso, as maiores potências do mundo empreendem um grande esforço de modernização do setor, e reposicionam a energia nuclear como uma das fontes mais promissoras e limpas do mundo.
Governos de países como os Estados Unidos e o Canadá e até antigos companheiros brasileiros nos Brics, entre eles a China e a Rússia, estão direcionando suas estratégias — e dinheiro — para pesquisas no setor. O objetivo é dar escala à geração nuclear e, claro, aprimorar a gestão de riscos.
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Apenas nos dois países da América do Norte, a estimativa é que haja cerca de US$1,3 bilhão apenas de investidores privados para pesquisa em energia nuclear. A aposta é na substituição de combustíveis fósseis, como o petróleo. E neste cenário, os governos também se envolvem, com recursos e incentivos.
Os investimentos têm uma característica adicional: o envolvimento do setor privado, por meio de Parcerias Público-Privadas (PPP), e de startups, nos moldes das que existem no Vale do Silício, nos Estados Unidos. E há um grande número de instituições e pesquisadores trabalhando em paralelo, como em uma rede. Têm metas ambiciosas, como o desenvolvimento de geradores menores e modulares.
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O país tem um parque tecnológico considerável, que recebeu investimentos significativos nos últimos anos, mas que entrou em compasso de espera com a crise do setor de petróleo.
Pode desenvolver um programa capaz de integrar as empresas da cadeia produtiva de petróleo e gás, e de tantos outros setores que hoje se encontram ociosos, em um novo esforço na área de geração de energia termonuclear.
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Por Sérgio Malta