Por gabriela.mattos

Brasília - A demora para buscar Carteiras de Trabalho pode resultar em problemas para tirar outros documentos, alerta o coordenador de Identificação e Registro Profissional do Ministério do Trabalho, Sérgio Barreto. Isso ocorre porque mais de cinco milhões de carteiras estão à espera de seus donos nas unidades do Ministério do Trabalho e órgãos conveniados pelo país.

Embora tenham sido emitidas a pedido dos trabalhadores, ao atraso em buscar o documento pode fazer com que os trabalhadores que estejam nessa situação não consigam um novo documento caso solicitem. Isso porque as carteiras são eletrônicas, e o número de série e os dados de identificação do trabalhador estão cadastrados no banco de dados do governo federal, que é integrado com estados e prefeituras.

As carteiras começaram a ser abandonadas em 2007, quando o ministério iniciou a implementação da carteira eletrônica. Até então, a emissão era manual, sobre a qual o governo tinha pouco controle. O problema era que o novo documento eletrônico demorava até 15 dias para ser entregue. Assim, era comum que o interessado procurasse outra unidade de atendimento que ainda fizesse emissão manual do documento, entregue na hora. Com a carteira na mão, o trabalhador esquecia do primeiro pedido, referente à versão eletrônica.

Em fevereiro, eram 5.100.844 carteiras esquecidas. O estado recordista é o Rio Grande do Sul, com 776.824, seguido por Paraná (660.894), Minas Gerais (625.208) e Rio (381.190). Embora seja campeão de emissões de carteira de trabalho do país, São Paulo não aparece na estatística.

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