Por tabata.uchoa
Os brasileiros precisam se reconciliar uns com os outrosAgência O Dia

Rio - Sim, sim, precisamos falar sobre o Lula (Mas, Alex, o que isso tem a ver com Educação Financeira? TUDO!) Educação Financeira é só mais um ramo da força maior que é a EDUCAÇÃO. Educação Financeira depende — mais do que todas as outras — de Educação Moral, Educação Cívica e Educação Política. Minha avó dizia que a gente precisa de EDUCAÇÃO até para ser rude. Falta de EDUCAÇÃO é tão vulgar quanto excesso de grosseria.

INCANSÁVEL E INSACIÁVEL
Nenhum brasileiro razoável pode discordar de que o país é carente de cultura, cortesia, civilidade e gentileza... que gera gentileza. Claro que tudo isso vem antes de Educação Financeira, pois não há como pensar em dinheiro sem antes pensar em outras formas de dignidade (pessoal e coletiva).

Perdoem-me a confissão, mas bate um cansaço imenso ver meus modestos esforços e compromissos para disseminar Educação Financeira soterrados pelos vômitos de um líder nacional incansável e insaciável na missão de espalhar cizânias e discórdias, a pretexto de estar fazendo política, quando, na verdade, só está fazendo pirraça — causando mal a todos, inclusive àqueles que ainda confiam nas suas "verdades alternativas".

Há um abismo assustador entre a grande nação e a grande tragédia, quando um "Filho do Brasil", um cidadão que já teve plenos poderes, investe agora seus podres poderes contra instituições democráticas — discutíveis, sim, sempre; mas, ainda assim, democráticas.

Toda essa estratégia do Lula pode até funcionar e ajudá-lo a escapar da cadeia (que Deus lhe tenha piedade). Mas não vai ser útil na campanha eleitoral. O novo presidente, eleito em 2018, não será aquele que vocifera vinganças e cospe ameaças contra órgãos representantes da sociedade que ele, solenemente, já jurou proteger. O novo presidente terá que entender de mediação, pacificação, reconstrução, reconciliação e, sobretudo, EDUCAÇÃO (moral, cívica, política e, vá lá, financeira). O problema é que esses não são desafios para políticos à beira do abismo, da cólera e do colapso.

QUE O BRASIL NÃO SEJA O ÚNICO CONDENADO

DOIS 'LULAS' COABITAM A MESMA CABEÇA

Passaram a circular por aí dois "Lulas": um culpado, outro inocente. Esses dois "Lulas" coabitam a mesma cabeça e o mesmo corpo. Os dois "Lulas" seriam vítimas de meias verdades e cúmplices de meias mentiras. Por inteiro, o fato é que o passado e o futuro dos dois "Lulas" estão sendo submetidos a um julgamento sem fim da História. Tomara que não seja um julgamento sem fim do Brasil — e que o Brasil não acabe sendo o único condenado.

NEM ÓDIO, NEM INTOLERÂNCIA

Fato é que o Brasil não pode mais continuar nesse clima de guerra — nós e eles, norte e sul, negros ou brancos, pobres contra ricos, patrões versus empregados... O discurso de ódio, que vem dos últimos 30 anos, criou um ambiente de intolerância nos últimos 3 anos. Daí que chegamos ao ponto em que não cabe mais nem ódio, nem intolerância. É hora de encarar de frente as diferenças. Para isso, é necessário virar as costas a políticos sempre iguais.

SÓ EXISTEM NO MUNDO DUAS CERTEZAS

O Brasil precisa se livrar da carnificina ideológica, impregnada de ameaças, vinganças, retaliações e revanchismos. Mas isso não será possível com homens públicos de convicções inflexíveis e inegociáveis. Alguém tem que se levantar e lembrar que só existem no mundo duas certezas: o dia em que nascemos e o dia em que morremos. No meio desses dois dias, os brasileiros precisam renunciar aos profetas do caos e precisam se reconciliar com o consenso e a harmonia. Os brasileiros precisam se reconciliar uns com os outros, fazer as pazes... uns com os outros.

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